INTRODUÇÃO: Os enfermeiros operam rotineiramente com uma vasta quantidade de informações e conhecimentos, onde suas decisões são influenciadas por uma ampla variedade de práticas disponíveis. Estas escolhas consideram diferentes prevalências de doenças, a disponibilidade dos serviços a serem realizados, ideologias das escolas de formação e as condições estruturais e financeiras do sistema de saúde em que atuam. Levando isso em consideração, o uso de sistemas que simplifiquem a assistência do enfermeiro ao paciente torna-se uma opção atraente. OBJETIVO: Identificar, na literatura atual, como ocorre o uso de Sistemas de Suporte à Decisão Clínica (SADC) baseados em inteligência artificial (IA) nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), destacando seus benefícios e desafios na assistência de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa que buscou entender o uso de Sistemas de Suporte à Decisão Clínica (SADC) nos atendimentos realizados nas UTIs, identificando seus benefícios e desafios durante a assistência de enfermagem. Foram selecionados 35 trabalhos, nas línguas inglesa e portuguesa, encontrados nas três bases de dados: PUBMED, MEDLINE e LILACS. RESULTADOS: Diversos estudos indicam que os Sistemas de Suporte à Decisão Clínica (SADC) ainda estão em estágio de desenvolvimento e indicam que esses sistemas podem melhorar a precisão dos diagnósticos e a prevenção de complicações, além de otimizar o tempo e os recursos na UTI. No entanto, há desafios significativos relacionados à integração dos SADC nos fluxos de trabalho existentes, à interoperabilidade com outros sistemas de saúde e à aceitação pelos profissionais de saúde. Enfermeiros e demais profissionais de saúde ainda são considerados imprescindíveis na implementação e no refinamento dos SADC, devido à necessidade de supervisão e ajustes contínuos para garantir que os sistemas atendam às especificidades clínicas e às necessidades dos pacientes. A interação humano-máquina é necessária para maximizar os benefícios dos SADC e minimizar erros potenciais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora os SADC apresentem sinais de eficiência na fase de diagnóstico e prevenção, sua eficácia na fase de tratamento ainda é limitada, demandando mais pesquisas e desenvolvimento para alcançar resultados mais robustos e consistentes. A participação ativa de enfermeiros na implementação e refinamento desses sistemas é fundamental para maximizar seu potencial e assegurar uma assistência de qualidade nas UTIs.