Introdução: O estresse ocupacional é uma condição que acomete, com maior frequência, os profissionais da saúde, estes estão diretamente envolvidos com a saúde, bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos. Os profissionais são preparados para salvar vidas e grande parte do tempo se deparam com sofrimento e morte. É importante, que esses profissionais compreendam que o sofrimento e o prazer são sentimentos dialéticos no seu trabalho e esse entendimento é necessário para a promoção da saúde dos trabalhadores e para a melhoria da qualidade da assistência prestada. Objetivo: Identificar fatores desencadeantes do estresse ocupacional dos profissionais de saúde no ambiente laboral. Método: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório com abordagem quantitativa, realizado em um hospital escola no interior do estado do Ceará, no setor de emergência adulto. Os participantes foram 70 profissionais de saúde de nível superior e médio atuantes na assistência, a saber, a equipe de enfermagem e a equipe médica. Utilizou-se o questionário socioeconômico e a Escala de Estresse no Trabalho (EET), essa escala abrange cinco dimensões: autonomia e controle, papeis e ambiente de trabalho, relacionamento interpessoais, relacionamento com o chefe e crescimento e valoração. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa por meio do parecer nº 5.040.780. Resultados/Discussões: Os resultados mostraram que 61,40% eram profissionais do sexo feminino, 44,30% dos participantes tinham idade entre 30 a 40 anos, 70% dos participantes do estudo eram profissionais com curso técnico e 43% dos profissionais tinham tempo de atuação entre 1 a 5 anos na instituição. Por meio da EET, evidenciou-se que os profissionais apresentaram alto nível de estresse na dimensão Autonomia e Controle “A forma como as tarefas são distribuídas em minha área tem me deixado nervoso”. Quanto às fontes relacionadas aos fatores de estresse, a mais comum vivenciada no ambiente de trabalho pelos profissionais de saúde é à sobrecarga de trabalho desencadeando conflitos de funções. Conclusão: O excesso de atribuições que são distribuídas ao profissional na sua rotina de trabalho desencadeia diversos impactos nos trabalhadores, portanto, a sobrecarga de trabalho é um estressor psicológico importante e considerado um dos principais estressores no ambiente de trabalho.