Introdução: A caracterização permite compreender o perfil socioeconômico dos alunos, tais dados podem subsidiar o desenvolvimento de políticas educacionais adequadas a realidade do mercado de trabalho e dos acadêmicos, promovendo um ambiente educacional de qualidade e a formação de enfermeiros capazes de atender as demandas da saúde pública. Objetivo: Caracterizar os estudantes de enfermagem. Método: Pesquisa quantitativa, descritiva e exploratória. Realizada com acadêmicos de enfermagem de uma universidade pública localizada no Noroeste do estado do Paraná. Os dados foram coletados por meio de formulário eletrônico preenchido pelos estudantes, analisados por meio de estatística descritiva simples utilizando o Microsoft Excel. O estudo seguiu os preceitos éticos vigentes (parecer n. 5.568.525/2022). Resultados/discussão: Participaram do estudo 81 alunos, sendo 66 (81,5%) do sexo feminino e 15 (18,5%) do masculino, com as seguintes idades: 15 (18,5%) alunos entre 17 e 19 anos, 43 (53,1%) de 20 a 29 anos, 11 (13,6%) de 30 a 39 anos, 11 (13,6%) de 40 a 49 anos e um (1,2%) entre 50 e 59 anos, com idade média de 27 anos. No que se refere a raça, 57 (70,4%) são brancos, 11 (13,6%) negros, 10 (12,3%) pardos e três (3,7%) amarelos, a maioria refere ser católicos (n = u48; 59,3%) e 10 (12,3%) relatam não possuir religião. O estado civil relatado por 50 (61,7%) alunos é solteiro, 26 (32,1%) casado/união estável, quatro (4,9%) divorciados e um (1,2%) viúvo, a maioria (n= 56; 69,1%) não possuem filhos. Sobre a ocupação, 63 (77,8%) trabalham ou fazem estágio, sendo que 24 (29,6%) trabalham 30h semanais, 15 (18,5%) 40h, 12 (14,8%) mais de 40h semanais, 12 (14,8%) alunos 20h e 18 (22,2%) referem não ter ocupação. A renda familiar de 52 (64,2%) acadêmicos é de 2 a 5 salários-mínimos, nove (11,1%) 5 a 8 salários-mínimos, nove (11,1%) menos de 1 salário mínimo, 6 (7,4%) 1 salário mínimo e 5 (6,2%) 8 a 11 salários mínimos. Considerações finais: Os alunos são do sexo feminino, brancos, adultos jovens e solteiros. Referem ser católicos, não possuir filhos, atuam profissionalmente enquanto estudam e possuem renda familiar classificados na classe econômica C. A condição financeira familiar dos estudantes pode ser um dos fatores que estimula a presença deles no mercado de trabalho, tal contexto pode gerar sobrecarga e impactar no aprendizado devido a carga horária do curso. Dessa forma, projetos de permanência estudantil são essenciais para a manutenção dos alunos da graduação.