INTRODUÇÃO: A UTI é um ambiente hospitalar de grande complexidade pela gravidade dos pacientes, o que confere especificidades e atenção redobrada, principalmente na gestão. Devido à elevada carga de trabalho, o enfermeiro necessita de ferramentas que auxiliem o trabalho, a fim de otimizar tempo e recursos. O uso de ferramentas de gestão é um aliado essencial que norteia a tomada de decisões. OBJETIVO: Descrever o impacto do uso de ferramentas de gestão pelo enfermeiro nas UTIs. MÉTODO: Revisão integrativa transversal, descritiva e quantitativa. A busca foi realizada nas bases BVS, LILACS, PUBMED e SciELO com os descritores: gestão em saúde; unidade de terapia intensiva; enfermagem, combinados com o indicador booleano AND, conforme o DECS/MESH. Os critérios de inclusão foram textos em português e inglês, completos e realizados nos últimos 5 anos, enquanto os critérios de exclusão foram textos duplicados ou que abordassem o uso de ferramentas por outras categorias profissionais ou fora do ambiente de UTI. Foram encontrados 279 artigos e, após leitura, 9 foram selecionados para compor a revisão. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Houve predominância de ferramentas de avaliação da dor, infecções na assistência, eventos adversos, avaliação de lesão por pressão, gestão de enfermagem, visita multidisciplinar e passagem de plantão. A maioria dos enfermeiros não utiliza ferramentas de gestão no trabalho ou não têm familiaridade com os instrumentos. Os enfermeiros que utilizam ferramentas têm maior desempenho e melhor identificação de problemas e atuação precoce. O uso do instrumento de dor permitiu o manejo assertivo, enquanto o uso do instrumento de eventos adversos permitiu a previsão de ocorrências e estratégias para evitar danos. Os instrumentos de visita multidisciplinar e passagem de plantão permitiram que informações relevantes não fossem perdidas na transferência de plantão e sintetização de aspectos importantes. O instrumento de avaliação de lesões por pressão melhorou a classificação de feridas e prescrição de coberturas. A gestão de enfermagem com o ciclo PDCA e sistemas de informação melhorou o manejo da estrutura, divisão de recursos humanos e aplicação da SAE. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A não utilização de instrumentos predispõe a diagnósticos de enfermagem tardios e falta de assistência direcionada aos problemas, principalmente em indivíduos inconscientes. Além disso, há aumento da sobrecarga de trabalho do enfermeiro, que transforma o instrumento em mais uma demanda.