
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
AUTONOMIA DO ENFERMEIRO NA DESFIBRILAÇÃO PRECOCE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Luana Larissa Costa França
Autores:
- Rayssa Burity de Farias Silva
- Victória Ellen Gomes de Sousa
- Edwyrgens Danuza Ventura Menezes
- Claudia Santos Martiniano
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A parada cardiorrespiratória é uma das emergências cardiovasculares com elevada morbimortalidade e de alta prevalência no cenário mundial e nacional. Consiste na cessação da atividade mecânica do coração, ausência de pulso e respiração, ocasionando perda da consciência e hipóxia. Os principais ritmos de parada cardiorrespiratória são a fibrilação ventricular e a taquicardia ventricular correspondendo a quase 80% dos casos. A desfibrilação precoce administrada entre 3 a 5 minutos do início do evento configura uma taxa de sobrevida de 50 a 70%, em contrapartida cada minuto subsequente ao evento arrítmico sem o tratamento adequado diminui a chance de sobrevivência em 7 a 10%. Objetivo: Evidenciar a importância da autonomia do enfermeiro no manejo da desfibrilação precoce durante reversão de parada cardiorrespiratória em adulto jovem vítima de infarto agudo do miocárdio. Método: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por uma enfermeira assistencial em uma unidade de pronto-atendimento no período de junho de 2023. Resultados/discussão: Paciente masculino, 39 anos, deu entrada na urgência queixando-se de dor torácica irradiando para membro superior direito há 20 minutos. Durante a triagem no serviço, foi realizado um eletrocardiograma, que evidenciou um supradesnivelamento de segmento ST >1 mm em derivações inferiores e >0,5 mm em derivações posteriores, caracterizando um quadro de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de ST. O paciente evoluiu com uma parada cardiorrespiratória em ritmo de fibrilação ventricular, sendo reconhecida imediatamente através do monitor multiparamétrico, e administrada desfibrilação precoce no primeiro minuto pela enfermeira da equipe. A precocidade do tratamento garantiu o retorno da circulação espontânea e, após estabilização do quadro, o paciente foi encaminhado para o serviço de referência, onde foi submetido à cineangiocoronariografia, a partir da qual foi constatada obstrução de 80% em terço médio de artéria circunflexa, sendo realizado implante de stent farmacológico, recebendo alta do serviço após 2 dias. Considerações finais: O enfermeiro treinado possui papel crucial no reconhecimento do ritmo da parada cardiorrespiratória e manejo adequado do desfibrilador manual, desse modo, deve-se ressaltar a importância da capacitação de profissionais e elaboração de estratégias e protocolos nos serviços hospitalares otimizando o atendimento e melhorando o desfecho dos pacientes.