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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MALÁRIA NO BRASIL: 2013 A 2022
Relatoria:
Kauã Henrique da Silva
Autores:
  • Vilmeyze Larissa de Arruda
  • Maria Clara Saturnino de Souza
  • Pietra Nascimento Cruz
  • Pãmela Rodrigues de Souza Silva
  • Jaqueline Costa Lima
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por parasitas do gênero Plasmodium, transmitida pela picada de mosquitos infectados do gênero Anopheles. É considerada um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, principalmente por sua significativa taxa de morbimortalidade. A transmissão da malária se concentra na região amazônica e, por isso, é de grande importância conhecer seu perfil epidemiológico. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da malária no Brasil entre os anos de 2013 a 2022 Método: O estudo adotou uma abordagem quantitativa e descritiva, utilizando dados secundários do Dados para cidadão, de domínio público, a partir da fonte de dados Sivep-Malária. Foram considerados todos os registros de malária notificados no Brasil, nos anos de 2013 a 2022, sendo analisado segundo região, sexo, raça, escolaridade e faixa etária. Resultados/discussão: Durante o período de análise o Brasil registrou 1.513.825 casos de malária, com média anual 73,02 casos. Dentre as 27 Unidades de Federação, o Amazonas apresentou maior número de casos com 665.194 o que corresponde a 43,9% dos casos notificados, seguido pelo Pará, com 16,2% (n=246.513) e Acre, com 15% (n=227.108), todos pertencentes à Região Amazônica. Quando analisada a Região Extra-Amazônica, o estado de maior notificação foi o Espírito Santo, apresentou 334 casos, 0,02% de todos os casos notificados, seguido pela Bahia, que apresentou 0,01% (n=152). Em relação ao sexo, os homens foram os mais afetados, com (75,38%), sendo as faixas etárias mais frequentes de 10 a 19 anos com 23,27% (n= 352.303), 0 a 9 anos com 21,87% (n=331.003) e 20 a 29 anos com 19,04% (n=288.271). A autodeclaração de raça/cor mais frequente foi a parda com 64,45% (n=975.705) seguida da indígena com 23,94% (n=362.438). Com relação à faixa etária, a mais afetada foi a de 30 a 44 anos, com 2.575 casos (0,17%). Já em termos de escolaridade, 21,66% (n=327.852) dos casos tinham 1ª a 4ª série do EF incompleta e 17,37% (n=263.017) 5ª a 8ª série do EF incompleta. Conclusão: Os resultados demonstram a disparidade dos casos de malária no país, evidenciando a alta concentração na região da Amazônia, tal achado reforça a influência das condições climáticas e socioeconômicas na transmissão do vetor. Desta forma, é necessário a elaboração e implementação de políticas públicas de saúde que considerem as especificidades dessa região.