Introdução: Populações ribeirinhas vivem em situações de vulnerabilidade social e enfrentam uma série de desafios que impactam na sua qualidade de vida, sendo os principais fatores, a falta de acesso a serviços básicos e limitações econômicas. Desse modo, o processo de territorialização é essencial para compreender a realidade da população adscrita, a fim de realizar todo o processo de busca e encaminhamento para os serviços de atenção primária à saúde (APS). Objetivo: Relatar a experiência de graduandos(as) de Enfermagem em comunidades ribeirinhas do Rio Capibaribe, em Recife, Pernambuco (PE). Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativo que relata a vivência de discentes de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através da disciplina de Organização dos Serviços de Saúde na Atenção Primária. Esta incluiu uma visita técnica à Unidade de Saúde da Família (USF) Vila União, no bairro de Iputinga, na cidade de Recife-PE, no dia 12 de novembro de 2023. Durante a visita técnica, foi explorado o funcionamento da USF e o processo de territorialização na Atenção Básica, incluindo a visita a um dos territórios atendidos pela USF. Resultados: Durante a visita às comunidades ribeirinhas ao longo do Rio Capibaribe, foi possível realizar uma análise detalhada dos desafios enfrentados em saúde, tais como: baixa renda, risco sanitário pela falta de saneamento básico, esgoto e lixo espalhados. Essas condições propiciam o surgimento de doenças infecciosas e parasitárias. Além disso, as condições habitacionais são extremamente precárias, com muitos moradores perdendo suas casas durante as enchentes. Apesar dessas adversidades, a área é atendida pelo processo de territorialização da AB, onde profissionais de saúde realizam visitas domiciliares. Essas visitas são essenciais para entender as necessidades locais e oferecer cuidados de saúde direcionados às populações mais vulneráveis. Considerações Finais: A vulnerabilidade social e a falta de acesso a serviços essenciais são realidades prevalentes nas comunidades ribeirinhas de Recife. É crucial que a APS intervenha para atender às necessidades dessas populações. Isso inclui a realização de programas de educação em saúde, rastreamento, diagnóstico e tratamento de doenças, assegurando o acesso contínuo ao sistema de saúde. Além disso, os profissionais de saúde têm um papel fundamental em promover políticas públicas que garantam o acesso equitativo para essa população.