Introdução: a retirada de dispositivos intrauterinos (DIU) é uma prática comum no planejamento familiar e na atenção à saúde da mulher. Quando os fios do DIU não estão visíveis, a remoção pode ser desafiadora e frequentemente resulta em encaminhamento para serviços especializados, gerando atrasos, aumento de custos e maior ansiedade para a paciente. Capacitar enfermeiros na Atenção Primária para a retirada de DIU não visível é uma abordagem estratégica para melhorar a resolutividade do cuidado. Este relato de experiência descreve a prática de retirada de DIU não visível por enfermeiros, destacando os benefícios para a paciente e para o sistema de saúde. Objetivo: Relatar a experiência da retirada de DIU não visível por enfermeiros na Atenção Primária, enfatizando a importância dessa prática. Metodologia: este relato baseia-se em uma consulta de enfermagem ginecológica em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Arapiraca, Alagoas, em março de 2024. A usuária procurou o serviço devido a desconforto pélvico intenso e fluxo menstrual abundante, desejando retirar o DIU. Durante a avaliação ginecológica, foi detectado que o fio do DIU não estava visível. Informada sobre a situação, a paciente demonstrou angústia e preocupação. Utilizando uma pinça de jacaré, o enfermeiro inseriu cuidadosamente o instrumento na cavidade uterina. A técnica exigiu precisão, paciência e ajustes para evitar desconforto ou complicações. Resultado/Discussão: o procedimento foi realizado com sucesso em poucos minutos, utilizando uma pinça de jacaré, aliviando imediatamente a ansiedade da paciente. A usuária expressou grande alívio e gratidão, destacando a importância de um enfermeiro capacitado para resolver o problema localmente, evitando encaminhamentos desnecessários para a atenção especializada. A experiência demonstrou que a realização do procedimento na UBS evita encaminhamentos desnecessários, reduz custos e proporciona um atendimento mais ágil e acolhedor para a paciente, promovendo a autonomia do enfermeiro e a sustentabilidade do sistema de saúde. Conclusão: a capacitação do enfermeiro foi essencial para o sucesso do procedimento, evidenciando a necessidade de treinamentos contínuos para técnicas avançadas na Atenção Primária. A realização do procedimento na UBS evita encaminhamentos desnecessários, reduz custos e proporciona um atendimento mais ágil e acolhedor para a paciente. Além disso, a prática promove a autonomia do enfermeiro e a sustentabilidade do sistema de saúde.