Introdução: a pandemia de COVID-19 declarada pela Organização Mundial de Saúde submeteu os profissionais de Enfermagem a novas cargas e jornadas de trabalhos exaustivas. Como consequência dessa realidade e dos efeitos psicológicos gerados como ansiedade, estresse, depressão, insegurança e medo, o uso de drogas tornou-se de maior risco. Nesse sentido, a investigação dessa realidade para a assistência à saúde mental tornou-se urgente. Objetivo: avaliar o uso de drogas por profissionais de Enfermagem na pandemia de Covid-19. Método: trata-se de um estudo transversal, exploratório-analítico de abordagem quantitativa, realizado com profissionais de Enfermagem da Atenção Primária à Saúde da cidade de Divinópolis/Minas Gerais/Brasil. Para a coleta de dados utilizou-se o questionário denominado Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screenig Test (ASSIST). As analises estatísticas foram feitas utilizando-se o SPSS (Statistical Package for the Social Science). Resultados: participaram do estudo 115 profissionais de Enfermagem, sendo 52 (45,2%) Enfermeiros e 63 (54,8%) Técnicos de Enfermagem; 97 (84,3%) do sexo feminino; com faixa etária concentrada entre 41-50 (73%) anos. Quanto ao uso de drogas, 107 (93,1%) relataram uso de álcool; 68 (59,2%) uso de hipnóticos/sedativos; 48 (41,7%) uso de tabaco; 17 (14,7%) uso de maconha; 8 (6,9%) uso de anfetaminas/êxtase e 2 (1,7%) uso de opioides. Conclusão: os achados presentes neste estudo poderão nortear a equipe de saúde mental para melhorar a assistência prestada aos profissionais de Enfermagem de forma a prevenir o uso de drogas e promover a qualidade de vida.