Introdução: O aborto traz consigo muitos paradigmas que influencia no atendimento prestado a saúde da mulher, como o julgamento social, moral e religioso. Por isso a necessidade da equipe de enfermagem ser capacitada para prestar os devidos cuidados de maneira humanizada e ética. Objetivo: Analisar a conduta do enfermeiro da equipe de Saúde da Família (eSF) no atendimento da mulher em situação de abortamento em Pernambuco no período de 2020 a 2023. Método: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa que se utilizou de dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar e do Sistema de Informação para a Atenção Básica, disponibilizado de modo coletivo. As variáveis utilizadas se referem ao atendimento do enfermeiros da equipe de saúde da família, os atendimentos com diagnóstico de aborto e o número de internações hospitalares com diagnósticos de aborto. Os dados foram inseridos, organizados e analisados em planilhas de Microsoft Excel 365. As frequências absolutas e proporções foram descritas ano a ano, de acordo com as variáveis selecionadas, apresentados no formato de tabelas e analisados com base na literatura pertinente por meio de estatística descritiva. Resultados: A pesquisa mostra um comportamento ascendente na proporção do atendimento do enfermeiro das eSF as mulheres com diagnóstico quando comparado com o número de internações hospitalares pela mesma causa, destacando após o ano de 2021 (66,27%) a proporção ultrapassa os 100%, passando para 106,15% em 2022 e 166,58% em 2023. Quanto a conduta 54,59% alta do episódio, 25,82% são orientadas ao retorno ao cuidado continuado programado e 14,43% a consulta agendada. Considerações finais: Os resultados mostraram que o atendimento do enfermeiro as mulheres em situação de aborto superam as internadas pela mesma causa, conferindo as mulheres o direito ao acolhimento, atendimento, orientação em seu território através de um atendimento humanizado e assim, contribuindo para a redução da mortalidade da mulher em idade fértil por essa causa.