De janeiro a junho de 2024, participei do Estágio Não Obrigatório, ofertado pelo Centro Universitário Católica de Quixadá (UNICATÓLICA) aos discentes da instituição. O estágio aconteceu em Quixeramobim, por meio do projeto “Bombeiro Mirim Civil”, ofertado pela empresa “Fire Well Cursos e Treinamentos”. O objetivo do trabalho foi capacitar crianças e adolescentes em primeiros socorros. Trata-se de um relato de experiência com base na vivência do estágio curricular não obrigatório no ensino superior, por meio da participação no projeto “Bombeiro Mirim Civil”, com simulações práticas, oferecido por uma empresa privada que forma bombeiros civis. A ação educativa foi realizada na base do Tiro de Guerra 10-020 no município de Quixeramobim-CE, no período de janeiro a junho de 2024. As palestras aconteceram de forma interativa, utilizando slides, bonecos de simulação, ambu e desfibrilador. Foram ministradas por acadêmicos de enfermagem, divididas em 28 encontros no próprio ambiente. Os temas abordados foram: protocolo de Trauma (XABCDE), protocolo de desengasgo (OVACE), suporte básico de vida e queimaduras. A fonte dos conteúdos foram a Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, American Heart Association, Prehospital Trauma Life Support e artigos científicos e periódicos nacionais. Participaram da capacitação 17 jovens de nove a treze anos de idade, matriculados no ensino fundamental I. O desengasgo foi o conteúdo que mais gerou dúvidas, especialmente sobre a manobra de Heimlich, cuidados com a imobilização de fraturas e o uso do desfibrilador. A interação com os alunos foi positiva, com entusiasmo notável. Alguns participantes demonstraram conhecimentos prévios com base em séries de TV. Os pontos positivos incluíram a animação e curiosidade dos alunos, que realmente apreciaram os assuntos abordados. Atividades e abordagens pedagógicas como estas podem trazer grandes impactos sociais ao passo que incentivem a participação ativa e o aprendizado prático sobre temas tão importantes que deveriam fazer parte do processo formativo das crianças e adolescentes. A educação em saúde, especialmente em primeiros socorros, deve ser acessível e adaptada à linguagem do “cidadão comum”, permitindo que pessoas de todas as classes sociais compreendam como agir em emergências. Capacitar crianças e adolescentes não só os prepara para situações críticas, mas também os torna multiplicadores de conhecimento em suas comunidades e famílias.