Introdução: A gravidez na adolescência representa uma questão crucial no campo da saúde pública devido às suas amplas implicações para a saúde e aos desafios físicos associados a uma gestação precoce. Esses desafios incluem complicações obstétricas e um risco aumentado de parto prematuro, além de maior mortalidade materna e neonatal. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, o Brasil registrou uma taxa de 68,4 nascidos vivos para cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos. Em 2020, essa taxa foi de 14% dos nascidos vivos provenientes de mães adolescentes. Apesar da redução observada nos últimos anos, o país ainda mantém uma das taxas mais altas de gravidez na adolescência na América Latina. Objetivo: Relatar a experiência da implementação de ações educativas sobre gravidez na adolescência e métodos contraceptivos em uma escola de ensino fundamental. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em março de 2024 em uma escola de ensino fundamental no município de Pereiro, Ceará. Os participantes foram alunos do 8º e 9º ano, com idades entre 13 e 15 anos. Resultados e Discussões: Durante a implementação das ações educativas, foram realizadas palestras interativas com a utilização dos métodos contraceptivos disponíveis no Sistema Único de Saúde e distribuídos materiais informativos. Os alunos mostraram maior disposição para discutir abertamente questões relacionadas à sexualidade e ao uso de contraceptivos. Alguns estudantes procuraram orientação adicional, demonstrando um interesse crescente em tomar decisões informadas sobre sua saúde sexual. A discussão dos resultados sugere que as ações educativas são eficazes na conscientização e na mudança de comportamento dos adolescentes. Conclusão: Conclui-se assim, que a implementação de ações educativas sobre gravidez na adolescência e métodos contraceptivos nas escolas é uma estratégia eficaz para aumentar o conhecimento e influenciar positivamente os comportamentos dos estudantes. Este relato de experiência destaca a necessidade de um esforço contínuo e colaborativo para enfrentar os desafios da educação sexual na adolescência. Recomenda-se que programas similares sejam adotados em outras escolas, com adaptações conforme necessário para atender às especificidades de cada comunidade.