INTRODUÇÃO: Desde a implantação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) em 2013, a avaliação crítica dos processos de cuidado tem se intensificado. A Resolução COFEN 736/24, que dispõe sobre a implementação do Processo de Enfermagem (PE) em ambientes em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, apesar de considerar a qualidade e segurança do paciente inerentes à implantação do PE, não propõe modelos específicos para a incorporação desses princípios em um instrumento prático de trabalho para os enfermeiros. OBJETIVO: Relatar a experiência da integração de Ferramentas de Qualidade e Segurança do Paciente ao Processo de Enfermagem de um hospital de urgência. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva e abordagem qualitativa, que se utilizou dos preceitos metodológicos da pesquisa ação, desenvolvida em 4 etapas, entre janeiro a maio de 2024. Na Etapa 1 de (formulação de estratégia) - o grupo de trabalho realizou uma revisão de literatura pertinente sobre protocolos de segurança do paciente, os critérios contidos na Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente e as diretrizes da Resolução COFEN 736/24 (PE), para possibilitar uma integração de práticas seguras implementadas no cotidiano de trabalho dos enfermeiros. Etapa 2 – formulação da estratégia: elegibilidade das ferramentas para integração ao Processo de Enfermagem da instituição: Escala de Morse (para avaliação do risco de quedas), escala de Braden (para avaliação do risco de lesão por pressão), escala de Maddox (para avaliação do risco de flebite). Etapa 3 – implementação (março): Treinamento com dos enfermeiros com simulações realísticas, capacitados para utilização do novo PE integrado às ferramentas de avaliação de riscos. Etapa 4 - Avaliação (abril): resultados mensurados por meio de auditorias internas, avaliando o percentual de adesão no preenchimento das escalas de avaliação de risco no PE. RESULTADOS: A intervenção demonstrou uma notável melhoria na adesão às práticas de qualidade e segurança do paciente, evidenciada pela auditoria interna por uma adesão de 100% dos profissionais de enfermagem aos protocolos de prevenção de quedas, lesão por pressão e prevenção de flebite. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A integração das ferramentas ao PE favorece a segurança dos pacientes, além de fortalecer o PE como prática de cuidado.