Introdução: A terapia larval permanece uma técnica inovadora no tratamento de feridas crônicas e com dificuldades de cicatrização. Essa prática utiliza larvas estéreis da mosca Lucilia Sericata, criadas em laboratório. Quando depositadas na ferida realizam desbridamento seletivo do tecido necrótico e desinfecção, que resulta no favorecimento do tecido de granulação e angiogênese. Para utilização dessa técnica, o profissional deve ter conhecimento e habilidades técnicas específicas, além de especialização na área. Objetivo: identificar os cuidados de enfermagem as feridas em uso da terapia larval. Metodologia: Revisão integrativa, realizada em junho de 2024, nos bancos de dados: Biblioteca Virtual de Saúde, Base de dados de Enfermagem e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online, utilizando Descritores em Ciências da Saúde e Medical Subject Heading, que resultaram nos cruzamentos: (“Maggot Debridement Therapy” AND “Nursing” AND “Wounds”), (“Maggot debridement therapy” AND “Nurse” AND “Wounds”), (“Terapia larval” AND “Enfermagem” AND “Feridas”). A seleção empregou os critérios de inclusão: artigos completos e disponíveis gratuitamente, publicados entre 2019 à 2024, nos idiomas inglês e português, cujo objeto de estudo estivesse relacionado à temática. Resultados e Discussão: A amostra resultou em 6 artigos que atenderam aos critérios pré-estabelecidos. As evidências mostram que existem diversos fatores atrapalham o uso da terapia larval, como: dúvida, preconceitos, resistência, repulsão a técnica, e a falta de conhecimento da equipe de saúde, incluindo os enfermeiros. Mas, que quando realizado por profissionais capacitados, pode promover a adesão ao tratamento e a recuperação com resultados satisfatórios. Sobre a técnica, foi visto que os pacientes relataram sentir pouca ou nenhuma dor com a técnica utilizada. E que, outros benefícios incluem a cicatrização de feridas complexas, redução de complicações graves e amputações, justificando seu uso. Para realização da técnica são inseridas na lesão 5 a 10 larvas a cada 1 centímetro por área, e estas permanecem de 72 a 96 horas na ferida. Assim, é imprescindível que o enfermeiro antes de apresentar o procedimento ao paciente, esteja seguro e preparado para tomar medidas que reduzam os efeitos negativos da terapia larval. Considerações finais: Embora a terapia larval seja uma alternativa eficaz no tratamento de feridas, existe uma escassez de profissionais habilitados e pesquisas entre os enfermeiros.