INTRODUÇÃO A hanseníase, uma das doenças mais antigas da humanidade, continua a representar um desafio significativo para a saúde pública, tanto ao nível coletivo quanto individual. Apesar dos avanços do tratamento, a hanseníase ainda é estigmatizada. Isso contribui para a baixa adesão ao tratamento, comprometendo a recuperação dos pacientes e perpetuando a transmissão da doença. Nesse sentido, os enfermeiros desempenham um papel crucial em todas as ações para controle da doença, desde as consultas de enfermagem até as ações de vigilância epidemiológica. OBJETIVOS Avaliar os desafios enfrentados pelos pacientes com hanseníase e analisar as principais estratégias da enfermagem para adesão ao tratamento. MÉTODOS Trata-se de um estudo bibliográfico realizado a partir de publicações encontradas na base de dados Google Acadêmico, no período de 2011 a 2024, e como critério de inclusão: trabalhos cujo título estava relacionado à hanseníase, estigma e preconceito. A amostra compõe-se de cinco trabalhos científicos. RESULTADOS A hanseníase afeta principalmente as populações menos favorecidas, intensificando o preconceito devido ao conhecimento insuficiente sobre a doença. Este preconceito leva ao isolamento dos pacientes por vergonha, resultando em problemas psicológicos devido à ausência de uma rede de apoio. A falta de acesso aos serviços de saúde e o desconhecimento sobre a patologia fazem com que os pacientes evitem buscar ajuda ao apresentarem os primeiros sintomas, resultando em diagnósticos tardios e tratamento inadequado, aumentando risco de transmissão da doença. A enfermagem atua na prevenção, controle e tratamento da doença, realizando diagnósticos, tratamentos, acompanhamento dos contatos, e educação em saúde, orientando a comunidade e desmistificando os tabus relacionados à hanseníase. CONCLUSÃO A estigmatização associada à doença dificulta a adesão ao tratamento e agrava as condições dos pacientes, perpetuando a transmissão da hanseníase. Nesse cenário, a enfermagem tem um papel fundamental ao oferecer suporte, orientação e valorização. A proximidade e o cuidado contínuo proporcionados pelos profissionais de enfermagem são essenciais para enfrentar o estigma e melhorar a adesão ao tratamento, contribuindo para o controle da hanseníase. Torna-se necessário intensificar as estratégias de educação e conscientização para reduzir o preconceito e promover um atendimento de saúde mais inclusivo e eficaz.