Introdução: A promoção à saúde envolve uma visão abrangente dos determinantes sociais que influenciam o processo saúde-doença, sendo uma estratégia que depende da participação dos profissionais e dos usuários ou comunidade, visando garantir a qualidade de vida e a equidade, atendendo às necessidades individuais e coletivas, promovendo a saúde. O Manual do Método Bambu (MB) de 2007, criado por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, é um projeto executado em municípios do Nordeste brasileiro, promovendo a autonomia, envolvimento comunitário e troca de conhecimentos técnicos e populares por meio da participação popular. Objetivo: Compreender as percepções sobre promoção à saúde mediante as repercussões de uma intervenção de promoção à saúde, mediada pelo Método Bambu, em um grupo de mulheres de uma comunidade rural em Pernambuco. Método: Pesquisa qualitativa, envolvendo intervenção comunitária, com coleta de dados realizada entre 2023 e 2024, utilizando a abordagem do Método Bambu ao longo de sete reuniões, juntamente com um questionário sociodemográfico. As informações foram posteriormente analisadas e apresentadas por meio do Discurso do Sujeito Coletivo e da estatística descritiva, com o auxílio do software Epi Info. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco sob o parecer de número 6.506.130. Resultados/discussão: As respostas referentes à indagação: para você o que é promoção à saúde? Remeteram a aspectos negativos de moradia, saneamento, alimentação, além da dificuldade em tomar decisões favoráveis à qualidade de vida, tendo influência significativa de determinantes sociais como problemas financeiros, baixa escolaridade e falta de acesso a atividades de lazer e cuidados de saúde diversificados na comunidade. Por meio da implementação de políticas e de outras estratégias, com o MB os profissionais de saúde que trabalham em comunidades rurais promovem o fortalecimento comunitário, estimulando a participação das pessoas na identificação dos problemas e potencialidades para resolvê-los, incentivando o uso do pensamento crítico para lidar com questões sociais, políticas e de saúde, visando melhorias e qualidade de vida. Considerações finais: Percebe-se o engajamento, autonomia, fortalecimento e empoderamento das mulheres na busca por uma melhor qualidade de vida, mesmo diante dos desafios relativos ao bem-estar biopsicossocial e à visibilidade local representados nos discursos.