Introdução: Acidentes de trânsito representam significativo problema de saúde pública, os quais se apresentam como uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo inteiro. No Brasil, esses eventos, que são a principal causa de óbito entre indivíduos de 5 a 14 anos, vêm a causar impacto considerável, não só na saúde dos indivíduos, mas também no sistema de saúde e na economia do país. Objetivo: Analisar a mortalidade por acidentes automobilísticos no Brasil. Metodologia: Estudo ecológico realizado com dados do banco de Indicadores Brasileiros para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável sobre o indicador “3.6.1 - Taxa de mortalidade por acidente de trânsito”. O estudo teve como população a ocorrência de óbitos por lesões de trânsito no Brasil de 2019 a 2022. Os dados foram tabulados e analisados no Google Sheets, obtendo-se frequência relativa e absoluta. Ademais, foram produzidos gráficos. O estudo dispensa a aprovação de um Comitê de Ética em Pesquisa por utilizar dados de domínio público. Resultados/Discussão: Ao todo, de 2019 a 2022, houveram 132.368 óbitos por acidente de trânsito no Brasil. Em relação ao ano, 2022 sobressaiu-se com o maior quantitativo de casos (n= 33.894, 25,60%). Quanto à unidade federativa, São Paulo apresentou o maior número durante o período apresentando 15,65% (n=20.725) de todos óbitos por acidentes automobilísticos no Brasil). Já quanto ao gênero, prevaleceu os óbitos pelo sexo masculino com 83,23% (n=110.180). A faixa etária com mais óbitos correspondeu a de 60 anos ou mais, perfazendo um total de 17,05% (n=22.579). Essas inferências nos delineia um cenário para a realização de proposições para redução de lesões e óbitos por acidentes de trânsito, como a necessidade do desenvolvimento de ações de combate ao uso abusivo de álcool, estímulo ao uso de capacete, melhoria da infraestrutura das vias urbanas, controle de velocidade e, sobretudo, desenvolvimento de um sistema de transporte público seguro e eficaz. Conclusão: No período estudado, foram predominantes os óbitos no ano de 2022, sendo a população mais acometida os habitantes do estado de São Paulo, homens e indivíduos com 60 anos ou mais. A análise realizada no presente estudo revela padrões preocupantes que destacam a necessidade de intervenções específicas e abrangentes para melhorar a segurança no trânsito.