
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
ÓBITOS POR CAUSAS EVITÁVEIS EM MENORES DE 5 ANOS NA REGIÃO SUL MATOGROSSENSE
Relatoria:
Izadora Ribeiro de Moraes
Autores:
- Jacqueline Pimenta Navarro da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A mortalidade infantil é um importante indicador de saúde e condições de vida de uma população. Os óbitos precoces podem ser considerados evitáveis, em sua maioria, desde que garantido o acesso em tempo oportuno a serviços qualificados de saúde. Todavia, altos percentuais de óbitos em crianças decorrem de uma combinação de fatores biológicos, sociais, culturais e de falhas do sistema de saúde. As intervenções dirigidas à sua redução dependem, portanto, de mudanças estruturais relacionadas às condições de vida da população, assim como de ações diretas definidas pelas políticas públicas de saúde. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por causas evitáveis ocorridos em menores de 5 anos, no período de 2019 a 2022, na região sul do Estado de Mato Grosso. MÉTODO: Estudo transversal, retrospectivo, descritivo e de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados secundariamente através de dados obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), de domínio público, disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/evita10mt.def. Foram incluídos óbitos por causas evitáveis em menores de cinco anos, na região sul de Mato Grosso, no período de 2019 a 2022. Em relação as variáveis foram analisadas o número de óbitos por ano, procedência, sexo, faixa etária, cor/raça e capítulo do CID-10. RESULTADOS: Entre os 19 municípios da região sul do Estado de Mato Grosso, de 2019 a 2022, foram registrados 378 óbitos em decorrência de causas evitáveis em menores de 5 anos. O maior registro de óbitos ocorreu no ano de 2022, (n=114; 30,15%). Em relação a procedência por município, Rondonópolis teve maior coeficiente (n=268; 70,90%). No que concerne ao perfil epidemiológico, foi registrada maior prevalência no sexo masculino (n=192; 50,80%), na faixa etária de 0 a 6 dias (n=182; 48,14%), na raça/cor parda (n=195; 51,60%). No que se refere a causa por CID, prevaleceu o capítulo XVI, referente a causas perinatais (n= 166; 43,91%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante desse contexto, salienta-se a necessidade de um acompanhamento pré-natal e puerperal eficiente e acessível no âmbito da Atenção Primária à Saúde, considerando a faixa etária e as principais causas da mortalidade infantil. Todavia, torna-se necessário ressaltar que as taxas de mortalidade infantil são consideradas um dos principais indicadores de qualidade da saúde e, portanto, necessitam atenção dos setores articuladores da saúde pública.