Introdução: Os opioides são fármacos que atuam nos receptores especificamente ligados à analgesia, ativando as vias corticais descendentes inibitórias da dor, sendo por isso considerado uma importante ferramenta farmacológica para o tratamento da dor nos recém-nascidos criticamente doentes e internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Objetivo: analisar o uso de opioides em recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais. Método: A pesquisa é do tipo revisão integrativa, teve como questão norteadora: Como se dá o uso de opioides para o tratamento da dor em recém nascidos e qual papel da enfermagem? Foi realizada por meio de busca na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) a partir dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “opioides”, “recém-nascido” e “Unidade de Terapia Intensiva Neonatal”. Foram selecionados inicialmente 137 artigos, refinando-o com os filtros: texto completo, período de 2017 a 2022, em inglês e português, resultou em 58. Destes foram selecionadas 13 publicações que contemplavam os critérios de inclusão e o objetivo do estudo. Resultados/discussão: Observou-se que os assuntos mais estudados se referem ao uso de opioides nas UTINs como elemento fundamental para alivia da dor, inclusive com associação a drogas analgésicas para maximizar a eficácia e minimizar toxidade, porém destacaram o risco de toxicidade, a abstinência e grau de dependência com uso prologado. Outros estudos, destacaram as medidas não farmacológicas para alívio da dor em recém-nascidos, tais como, posição de aconchego antes e durante procedimentos dolorosos; e a avaliação da dor como item importante para acompanhamento e otimização do tratamento com opioides, sendo os profissionais de enfermagem os responsáveis por realizar esse cuidado e atentar para situações de dor e desconforto. A maioria dos estudos destacam ser necessário o uso do opioide, mas referem ser importante a redução do uso dos mesmos nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais. Considerações finais: O emprego de opioides representa importante alternativa no cuidado a neonatos internados em UTIN, no entanto, pode estar associado a sérias complicações envolvendo abstinência, dependência, delírio e disfunção intestinal, entre outras, onde emerge a necessidade de se efetivar a implementação de protocolos. Observou-se o papel fundamental da enfermagem na vigilância e acompanhamento destes recém-nascidos e na realização de cuidados não farmacológicos para alivio da dor.