INTRODUÇÃO: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) atuam de forma integral no tratamento de indivíduos com transtornos mentais graves e persistentes. A delimitação do perfil dos usuários atendidos nestes serviços garante o reconhecimento das particularidades e especificidades do mesmo. No entanto, o número de CAPS que dispõem desse perfil é deficiente, por isso, pesquisas na área são de grande contribuição na promoção de uma melhor assistência. OBJETIVO: Conhecer o perfil sociodemográfico e clínico dos usuários atendidos em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de uma cidade do interior de Pernambuco, Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa documental, descritiva, com abordagem quantitativa a partir da análise dos prontuários multiprofissionais dos usuários atendidos em um CAPS II, durante os anos de 2022 a 2023. Os dados foram coletados por meio de formulário estruturado, com informações sociodemográficas, clínicas e de atendimento. Posteriormente, os dados foram submetidos à análise descritiva por meio de frequências absolutas e relativas. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Após análise dos dados, observou-se predominância de usuários do sexo feminino, que de acordo com alguns autores tende a ser o mais prevalente pelo fato de as mulheres procurarem mais os serviços de saúde quando se encontram em estado de sofrimento mental, diferentemente dos homens. A faixa etária de 41 a 60 anos foi a mais significativa e quanto ao grau de escolaridade, houve prevalência de usuários com ensino fundamental incompleto, o que pode ser compreendido pelo fato das pessoas adoecerem muito jovens, associado a disponibilização do tempo ao processo de tratamento, o que tende a impactar diretamente no acesso ao mercado de trabalho. O principal diagnóstico foi o relacionado aos transtornos de humor/afetivos, onde a maior parte dos usuários fazia uso de antipsicóticos, e não faziam uso de tabaco, álcool ou outras drogas. Pesquisas na área também trazem a prevalência de transtornos de humor na sua amostra, como um reflexo do sexo mais predominante ser o feminino, pois as mulheres tendem a apresentar mais acentuadamente esse tipo de transtorno se comparado aos homens, que apresentam mais a esquizofrenia. CONCLUSÃO: Através da caracterização do perfil dos usuários, o estudo visou contribuir para a melhoria da assistência prestada pelo serviço, assim como, fomentar novas pesquisas científicas sobre o tema na área de saúde mental.