Introdução: A assistência ao banho no recém-nascido é uma prática comum e essencial no cuidado neonatal, exigindo do enfermeiro habilidades específicas e atenção redobrada. No entanto, essa atividade pode expor os profissionais a riscos ergonômicos significativos, comprometendo sua saúde e bem-estar. Objetivo: Descrever a vivência de acadêmicos do 6º período de enfermagem durante o banho em recém-nascido (RN) internado juntamente a puérpera no alojamento conjunto na maternidade de Santa Cruz, Rio Grande do Norte. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, produzido com base na vivência dos discentes de enfermagem, em maio de 2024, durante as práticas em cenários reais no alojamento conjunto de hospital maternidade de referência na região do Trairi, Rio Grande do Norte, no contexto da disciplina de Atenção Integral à Saúde na Média Complexidade. Resultados: Durante a realização do banho no RN foram identificadas algumas dificuldades significativas em relação ao ambiente, à mobília e à ergonomia dos discentes. O espaço para a execução da atividade era um pouco limitado, com bancada pequena para a troca de roupas do bebê, além de pias e chuveiros em alturas que não favoreciam o conforto e a segurança ao longo do banho. Os acadêmicos mais baixos, por exemplo, necessitavam ficar na ponta do pé para efetuar a ação, de modo que o RN ficasse tranquilo e seguro. Dessa forma, sabendo que a ergonomia adequada é essencial para um trabalho eficaz, percebe-se que, no caso deste relato, os acadêmicos reconheceram que tal empecilho prejudica a condição física a longo prazo e complica a realização do banho no RN. Considerações finais: As práticas de assistência no banho do recém-nascido em ambientes hospitalares apresentam desafios ergonômicos significativos para os profissionais de enfermagem. Entretanto, enfrentam desafios devido ao espaço físico restrito e à mobília inadequada, como pias e chuveiros em alturas inconvenientes, forçando adaptações posturais prejudiciais. Essas condições comprometem a segurança e o bem-estar dos profissionais e pacientes. Portanto, é vital que as instituições considerem a ergonomia ao planejar e equipar os ambientes de trabalho e incluam orientações sobre ergonomia nos programas de formação em enfermagem, promovendo um ambiente saudável e prevenindo lesões ocupacionais.