Introdução As notícias falsas estão no meio digital desde o princípio, mas com a popularização das redes sociais, estas, se tornaram parte do nosso cotidiano. Em uma geração onde toda informação está na palma de suas mãos e que há anseio por respostas rápidas, é quase impossível não ser atraído pelos títulos sensacionalistas e chamativos. Quando estão relacionadas à cuidados em saúde, se tornam um risco real ao bem-estar biopsicossocial da população e um desafio aos profissionais da área. Objetivo Demonstrar como as fakes news são um desafio para os profissionais de saúde quando interferem na educação em saúde da população. Método O estudo trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa, na qual se utilizou como critérios de inclusão artigos nos idiomas: português, inglês e espanhol. Publicados entre 2019 e 2024 nas bases de dados: BDENF, Coleciona SUS, LILACS e MEDLINE, disponíveis na íntegra gratuitamente e que se encaixam na temática. Para realização da busca foram utilizados os seguintes descritores do DECS e operador booleano AND: Desinformação, Internet e Saúde. Resultados Considerando mal informação como aquela informação que possui certa veracidade mas que foi disseminada virtualmente de forma deturpada e desinformação como aquelas informações que o intuito é ser publicadas unicamente para enganar as pessoas. Os profissionais de saúde, que já possuem percalços ligados às suas práticas, ultimamente ganharam um novo desafio: lidar com os efeitos das fakes news no processo de educação em saúde. Enfraquecendo a credibilidade dos conhecimentos baseados em evidências científicas e prejudicando a adesão dos usuários às ações e serviços de saúde, além da implementação destes. As fakes news, principalmente durante a pandemia do covid-19, obtiveram maior disseminação e fortaleceram movimentos anti-vacinas, por exemplo, que infelizmente, ainda influencia na cobertura vacinal do nosso país e expõe grupos etários prioritários. Considerações finais Demandando criação de políticas públicas voltadas para a prevenção de fake news em saúde e apoio aos profissionais, como educadores em saúde, no incentivo ao uso de redes sociais, grupos de educação em saúde e outros meios, para reforçar o quão importante é checar as informações recebidas, estabelecer uma relação de confiança entre paciente-profissional para que dúvidas possam ser sanadas e conhecimentos científicos serem repassados de forma simples que promova fácil entendimento.