INTRODUÇÃO: As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) foram incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (PNPIC). Atualmente, o SUS oferece 29 procedimentos de PICS à população, que podem ser realizados em todos os níveis da Rede de Atenção à Saúde, com maior ênfase na Atenção Primária. OBJETIVOS: Relatar a experiência de estudantes de enfermagem na realização de oficina de PICS durante atendimentos coletivos em uma unidade de saúde da família. MÉTODOS: Este estudo transversal, descritivo e do tipo relato de experiência, descreve a vivência de estudantes de Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA/UFRN) durante o estágio obrigatório em uma Unidade Básica de Saúde em Santa Cruz/RN. Foram realizadas três oficinas de práticas integrativas: o primeiro com profissionais da unidade; o segundo, com usuários com hipertensão ou diabetes mellitus; e o terceiro, uma oficina de Shantala voltada para binômios mãe-filho, acompanhados nas consultas de crescimento e desenvolvimento. No primeiro e segundo momentos foram ofertadas as seguintes práticas: massagem rápida, shiatsu facial e reflexologia podal. Em todos os momentos, os estudantes contaram com o apoio de grupos extensionistas da FACISA, ligados às PICS. RESULTADOS: Essas experiências permitiram a aplicação de conhecimentos teóricos em contextos reais, desenvolvendo habilidades práticas essenciais. Além disso, promoveram a criação de vínculos mais fortes e eficazes com os usuários, melhorando a qualidade dos atendimentos e incentivando abordagens mais humanizadas. A oficina de Shantala, em particular, fortaleceu a relação entre mãe e filho, contribuindo para o desenvolvimento saudável dos bebês. A participação de grupos extensionistas também proporcionou um aprendizado coletivo, enriquecendo a formação acadêmica dos alunos com novas perspectivas de cuidado integral. CONCLUSÃO: A oferta das PICS nas atividades programáticas da unidade mostrou-se altamente benéfica tanto para o desenvolvimento acadêmico quanto para a prática profissional dos envolvidos. O apoio contínuo dos grupos extensionistas foi fundamental para enriquecer o aprendizado e promover uma perspectiva colaborativa e holística do cuidado em saúde.