
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
SAÚDE MENTAL PERINATAL NA PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Relatoria:
Ângela Ferreira Barros
Autores:
- Flávia Ribeiro Rocha
- Bruna Bosi de Oliveira Fernandes
- Yan Victor Santana de Andrade
- Alessandra da Rocha Arrais
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os aspectos emocionais da gestação, parto e pós-parto são importantes e há orientações voltadas aos profissionais da atenção primária de como acolher as inseguranças, dúvidas, identificar fatores de risco e estabelecer uma relação de segurança com essas mulheres. Existem algumas barreiras na atenção primária de saúde relacionadas a falta de formação em saúde mental e o estigma em falar sobre o assunto tanto da parte dos profissionais quanto dos pacientes. Objetivo: Conhecer as práticas dos profissionais de saúde da atenção primária na assistência à saúde mental de gestantes e puérperas. Método: Estudo transversal, descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, realizada com 37 profissionais da Estratégia de Saúde da Família em quatro Unidades Básicas de Saúde do Distrito Federal em setembro de 2023. Para coleta dos dados foi elaborado um questionário dentro da plataforma Google Forms sobre as práticas desses profissionais no manejo à saúde mental de gestantes e puérperas. Na análise dos dados, foi realizada estatística. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FEPECS-SES/DF. Resultados: Participaram da pesquisa, até o momento, 37 profissionais de saúde. O atendimento de gestante e puérperas costuma ser diário ou semanal para a maioria dos profissionais (86,5%). Para 32,4% deles, na maioria desses atendimentos eles identificam sinais ou sintomas de sofrimento emocional, psíquico ou mental. Alguns destacaram que na maioria das vezes ou sempre têm dúvidas em como atuar nesses casos (31,4%), poucos receberam capacitação sobre esse tema (10,8) e todos a consideraram relevante. Quando questionados sobre sua abordagem e conduta frente as demandas psicossociais e/ou sinais/sintomas de sofrimento psíquico das gestantes ou puérperas, a maioria relatou realizar acolhimento com escuta qualificada e humanizada, buscando a origem do problema e orientando em casos que consideram leve (89,2%). Além disso, a maioria faz encaminhamentos para a equipe multiprofissional, psicologia, serviço social, equipe médica ou enfermeiro e terapeuta ocupacional. Conclusão: Com esses resultados parciais, verificou-se que embora a maioria adote abordagem acolhedora, dúvidas persistem e os encaminhamentos a outros profissionais são recorrentes, possivelmente, efetuar capacitação desses profissionais garantirá um atendimento mais qualificado e integral a esse público.