Introdução: A pandemia da COVID-19 trouxe desafios à assistência pré-natal, mas a telemedicina surgiu como solução relevante, tendo em vista que permitiu o atendimento remoto por meio de videoconferências e consultas telefônicas. Isso contribui para reduzir as disparidades sociais com o atendimento de gestantes em suas próprias residências e locais de trabalho, especialmente aquelas com dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Objetivo: Identificar evidências científicas sobre as vantagens e desvantagens do uso da telemedicina na assistência pré-natal a gestantes na literatura científica. Metodologia: Trata-se de estudo de revisão integrativa, o qual utilizou o acrônimo PICo, sendo P: População (Gestantes), I: Fenômeno de interesse (Telemedicina) e Co: Contexto (Pré-natal). Assim, a pergunta central deste estudo foi "Quais as vantagens e desvantagens do uso da telemedicina na assistência pré-natal a gestantes?" A busca e seleção dos dados foram realizadas em maio de 2024, nas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL). Como critérios de inclusão, foram considerados apenas artigos de estudos primários, de acesso livre, e nos idiomas português e inglês publicados nos anos de 2019 a 2024. Foram excluídos revisões e artigos que não retratavam a temática. Resultados: Foram encontradas 71 publicações, das quais após aplicação dos critérios de elegibilidade, apenas oito compuseram a amostra final. Ao analisar os artigos, observou-se que a telemedicina foi amplamente utilizada durante a pandemia, mantendo a qualidade da assistência pré-natal, independentemente do nível de alfabetização em saúde. As pacientes preferiram e recomendaram a consulta virtual, embora seja necessário intercalar com os atendimentos tradicionais. As vantagens da telemedicina incluem redução de faltas ao trabalho, menor necessidade de cobertura de creches e deslocamento para visitas ao consultório. As desvantagens envolvem falta de acessibilidade para pacientes com recursos limitados e risco de exclusão digital em populações vulneráveis. Conclusão: A telemedicina melhora o acesso aos serviços de atenção ao pré-natal e reduz barreiras como transporte, creches, tempo de espera e faltas ao trabalho ou escola. No entanto, nem todas as pacientes se beneficiam, especialmente aquelas em gestações de alto risco.