INTRODUÇÃO: Historicamente, o pai desempenhava uma função educadora e disciplinadora, seguindo códigos frequentemente rígidos e repressivos, e, por conseguinte, a interação entre pai e filho era reduzida, particularmente nos primeiros anos de vida. O distanciamento entre o homem e os demais membros do núcleo familiar denuncia-se na fragilidade do vínculo estabelecido entre pai e filho, principalmente quando se trata de crianças do sexo masculino. A interação entre pai e filho é um dos fatores decisivos para o desenvolvimento cognitivo e social, principalmente entre seis e doze meses, facilitando a capacidade de aprendizagem e a integração da criança na comunidade. OBJETIVOS: Relatar as experiências das discentes durante a realização de consultas de puericultura através da monitoria de saúde da criança, visando a promoção da educação em saúde e a contribuição do papel da enfermagem na assistência à criança e a sua família. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, através da vivência de discentes do curso de Enfermagem na monitoria de atenção à saúde da criança da Universidade de Pernambuco, realizada no período de maio à julho de 2024 em uma Maternidade Escola do Recife-PE. As atividades aconteceram no consultório de puericultura, onde são realizadas consultas de enfermagem à criança. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Durante as consultas de puericultura, observou-se uma predominância da presença materna em detrimento da figura paterna. Tal ausência do pai nas consultas pode ser atribuída a fatores socioculturais que perpetuam a ideia de que o cuidado infantil é responsabilidade da mãe. A escassa presença paterna no acompanhamento da saúde dos filhos também levanta questões sobre a construção de vínculos afetivos e sociais, sugerindo que a maior participação do pai pode contribuir positivamente para o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência das discentes durante as consultas de puericultura revelou que a integração do pai nas consultas não apenas potencializa o cuidado integral da criança, mas também fortalece os vínculos familiares e promove um desenvolvimento mais equilibrado e saudável. Assim, destaca-se a importância de estratégias educacionais que integrem e motivem os pais a participarem ativamente das consultas e dos cuidados diários com seus filhos, fortalecendo a assistência integral proporcionada pela enfermagem.