INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, a criminalidade e o número de mulheres encarceradas têm aumentado, o que caracteriza os altos números de mulheres dentro dos presídios. Apesar de existir legislações e políticas vigentes, que visam a prevenção e promoção de saúde para as pessoas privadas de liberdade (PPL), os desafios encontrados dentro de um sistema prisional para a oferta de serviço de saúde ainda são muitos. Dessa forma, a enfermagem tem um importante papel na assistência da saúde da mulher privada de liberdade, visando as suas principais necessidades e oferecendo o cuidado adequado. OBJETIVO: Abordar as principais questões acerca da assistência de enfermagem à mulher privada de liberdade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, onde foi realizada uma busca nas bases de dados da BVS, SciELO, Google Acadêmico, a partir dos descritores em saúde: “assistência de enfermagem”, “pessoa privada de liberdade” e “saúde da mulher”. A pesquisa contou com 70 artigos científicos, porém, só foram utilizados 4 trabalhos. Os critérios de inclusão foram trabalhos publicados nos últimos 5 anos, entre 2019-2024, trabalhos nacionais que fossem redigidos em português e que abordassem a temática de uma forma ampla. Sendo assim, os demais trabalhos foram excluídos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As mulheres privadas de liberdade (MPL), encontram-se mais vulneráveis ao adoecimento, possuindo um maior risco de adquirir infecções sexualmente transmissíveis, demais infecções como tuberculose e hanseníase, além de transtornos mentais. No sistema prisional, as condições de higiene, alimentação e infraestrutura são de baixa qualidade, o que interfere diretamente no processo saúde-doença das pessoas. Além disso, existem desafios que interferem diretamente na oferta de serviços de saúde, visto que, em grande parte das vezes, as prisões não possuem estrutura adequada para a realização de consultas e ações de saúde, bem como a falta de preparo e capacitação para os profissionais oferecerem esse tipo de assistência específica. Dessa forma, a enfermagem enfrenta desafios para a promoção de saúde da MPL, porém, o enfermeiro tem grande importância nessa assistência, promovendo um cuidado mais humanizado e acolhedor. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a assistência de saúde às MPLs é, em sua maioria, precária. Além disso, o profissional da enfermagem tem grande importância no cuidado com a MPL. Dessa forma, faz-se necessário uma maior atenção à promoção de saúde dessa população.