Introdução: Por muitos anos, o modelo assistencial na saúde foi pautado nas necessidades de mulheres cisgênero, desconsiderando outras realidades. Com o passar do tempo, os direitos sexuais e reprodutivos de pessoas transmasculinas foram incorporados aos princípios constitucionais do Sistema Único de Saúde (SUS), que preveem universalidade e integralidade na assistência sem preconceito ou discriminação, pautada nas necessidades individuais de cada cidadão. Objetivo: Este estudo objetiva discutir os direitos dos homens trans durante o atendimento no ciclo gravídico-puerperal. Método: Trata-se de um estudo baseado em análise bibliográfica sobre os direitos gravídicos e puerperais de homens trans. Resultados/Discussão: A implementação de políticas inclusivas têm demonstrado um impacto positivo significativo no atendimento a homens trans durante o ciclo gravídico-puerperal. A formação adequada dos profissionais de saúde, a adaptação da linguagem, a garantia de privacidade e o apoio psicológico são fundamentais para criar um ambiente de cuidado respeitoso e resolutivo. Essas políticas têm melhorado a satisfação dos pacientes, a adesão ao pré-natal, a saúde mental e o progresso gestacional dos homens trans. Considerações finais: É essencial discutir constantemente os direitos sexuais e reprodutivos de homens trans para garantir respeito à diversidade e à isonomia. O desamparo desse público no período gravídico-puerperal contraria os princípios do SUS, que asseguram assistência integral a todos. A importância do atendimento equânime, conforme a Constituição Brasileira de 1988, é reforçada, independentemente da identidade de gênero.