
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR BRONQUIOLITE AGUDA EM CRIANÇAS DE 0 A 4 ANOS
Relatoria:
Vitória Maria Ferreira de Sousa
Autores:
- Marcela Matias Sena
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A bronquiolite aguda viral é uma doença que leva à inflamação das vias aéreas inferiores devido a infecções virais, como o vírus sincicial respiratório. Ela acomete especialmente crianças nos 5 primeiros anos de vida, devido a imaturidade de seu sistema imune, se tornando uma das causas mais comuns de hospitalização no público pediátrico, o que gera riscos para a saúde das crianças e alto consumo de recursos hospitalares. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das internações por bronquiolite aguda em crianças de 0 a 4 anos, no Brasil, entre 2018 e 2023. Método: Estudo observacional, descritivo, quantitativo, realizado com dados coletados no TABNET/DATASUS por meio do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. As variáveis analisadas foram sexo, raça, região, média de dias de permanência, mês do atendimento, faixa etária, e obitos decorrentes da doença. Por se tratar de dados secundários, não foi necessário a aprovação pelo comitê de ética. Resultados e discussão: Entre 2018 e 2023 foram contabilizadas 342.513 internações por bronquiolite aguda no Brasil, com aumento de aproximadamente 20.000 casos ao ano, a partir de 2020. A região Sudeste é a mais afetada com cerca de 47,3% (162.139) dos casos, seguido pelo Nordeste com 62.691 internações. Quanto ao sexo, raça e faixa etária, crianças menores de 1 ano (262.711) do sexo masculino (200.129) e pardas (152.077) representam o maior número de internações. Sobre os dias de permanência, as crianças menores de 1 ano ficaram cerca de 4,8 dias internadas, enquanto as crianças com idade entre 1 a 4 anos permaneciam em média 3,3 dias no hospital. Sobre os agravos decorrentes da doença, ocorreram 734 óbitos, dos quais 91,3% em crianças menores de 1 ano. O período entre os meses de maio e junho apresentou maior número de casos, anualmente, o que pode estar relacionado com o período de maior circulação do vírus sincicial. Considerações finais: Nota-se um aumento contínuo dos casos de bronquiolite no Brasil, dos quais as crianças menores de 1 ano, pardas do sexo masculino estão mais expostas a doença e são mais suscetíveis a desenvolverem formas mais graves. Assim, é necessário o reforço para a adesão a medidas de prevenção, como a adesão ao calendário de vacinação infantil, principalmente no período de maior circulação do vírus. Tais ações geram uma economia de recursos de saúde e, ao evitar custos associados ao tratamento de complicações, promovem e protegem a saúde infantil.