Introdução: A toxoplasmose gestacional é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, transmitida às gestantes pela ingestão de alimentos e água contaminadas, ou contato com fezes de gatos infectados. Pode ser transmitida da mãe para o bebê através da placenta, denominada toxoplasmose congênita, podendo ocasionar várias consequências de acordo com o período da gestação. Objetivo: delinear dados epidemiológicos acerca da toxoplasmose gestacional no Estado da Paraíba, entre 2019 a 2023. Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo da incidência de toxoplasmose gestacional e congênita na Paraíba entre 2019 a 2023. A coleta de dados foi realizada em maio de 2024, pela Plataforma do Ministério da Saúde - DataSUS. Na toxoplasmose gestacional as variáveis foram: ano, faixa etária, escolaridade, classificação clínica, evolução e critério de diagnóstico. Na toxoplasmose congênita foram: ano de ocorrência, faixa etária, classificação, evolução dos casos e critério de diagnóstico. Resultados: Entre 2019 a 2023 foram registrados 773 casos de toxoplasmose gestacional, com maior incidência em 2023 (31,6%), sendo mais afetadas gestantes entre 20 a 39 anos (73,7%), com ensino médio completo (24,4%), classificados como confirmados 566 (73,2%), sendo inconclusivos 119 (15,3%), com maior incidência no segundo mês da gestação (42,1%) e no terceiro trimestre da gestação (34,9%). Utilizou-se como diagnóstico o laboratorial com 76,7% dos casos, enquanto 53,8% dos casos foram preenchidos como ignorado/branco, com 46,2% casos registrados como cura. Na toxoplasmose congênita, entre 2019 e 2023 foram registrados 422 casos no Estado da Paraíba, maior incidência em 2022 representando (32,4%). Observou-se ocorrência em todas as crianças com menos de um ano de idade, destes, 160 (37,9%) foram classificados como confirmados, e, 155 (36,7%) como descartados. Como critério de diagnóstico, 65,6% dos casos utilizaram critério laboratorial. 62% dos casos preenchidos como ignorados/branco, e 38% dos casos apresentaram cura na evolução. Conclusão: Dessa forma, foi possível constatar que existe uma possível fragilidade quanto a prevenção, promoção e no tratamento da toxoplasmose gestacional, pois cerca de 50% dos casos resultaram em toxoplasmose congênita. Além disso, observou-se ineficiência no preenchimento das informações, sendo muito dos casos preenchidos de forma inconclusiva.