Introdução: O mercado de trabalho da enfermagem no Brasil tem passado por diversas mudanças nos últimos anos. O Empreendedorismo na Enfermagem vem ganhando espaço, oferecendo aos profissionais mais oportunidades e possibilidades de alcançar a independência, contraditando os tradicionais hospitais e unidades básicas. Mas a prática empreendedora ainda sofre invisibilidade no mercado, mesmo que durante o processo de formação seja ensinado ao enfermeiro domínio e habilidades de gerenciamento, pois é uma profissão que está sempre relacionada ao cenário hospitalar e de atenção básica. Objetivo: Avaliar o cenário e as possibilidades empresariais da enfermagem. Método: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, utilizando informações de artigos publicados nos últimos cinco anos, em periódicos nacionais, com o objetivo de entender mais sobre empreendedorismo na enfermagem. Resultados e discussões: A enfermagem é uma área vasta com diversas possibilidades empreendedoras, oferecendo serviços inovadores, com foco principalmente na promoção da saúde, prevenção de doenças, cuidados crônicos e paliativos, serviços de reabilitação, atendimento clínico fundamentado em prática especializada. Sua autonomia está respaldada de acordo com seu Código de Ética Profissional e Resoluções do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), como a Resolução Cofen nº 564/2017 e, sobretudo, a Resolução Cofen nº 568/2018 que autoriza os Consultórios e Clínicas de Enfermagem. Infelizmente ainda há uma ilusão preeminente de que enfermeiros devem se ater ao trabalho em instituições de saúde, sendo o empreendedorismo na área visto como algo atípico ou até mesmo desvalorizado. A falta de conhecimento de respaldos e resoluções, planejamento, suporte institucional, criação de políticas públicas específicas e capacitação empreendedora, são alguns dos desafios enfrentados pelo enfermeiro ao entrar no ramo empresarial. Conclusões: O empreendedorismo tem um papel de suma importância para a enfermagem, pois abre novas possibilidades de inserção no mercado de trabalho, possibilitando a autonomia e inovação, além de melhor retorno financeiro que não se alcança nos ambientes hospitalares, bem como aprimoramento dos cuidados de saúde e transformação do olhar da sociedade sob uma profissão ainda tão desvalorizada.