Introdução: As arboviroses transmitidas por culicídeos do gênero Aedes constituem-se como um importante problema de saúde pública, principalmente em áreas do nordeste brasileiro. Embora muitos arbovírus sejam conhecidos, três deles são particularmente preocupantes para seres humanos devido a grandes e recorrentes surtos epidêmicos: vírus dengue, vírus zika, e vírus chikungunya. A informação do espaço geográfico com taxa de ocorrência de arboviroses na população é importante para uma intervenção eficaz na atenção à saúde, uma vez que a tomada de decisão se baseia no conhecimento das especificidades de cada população e região. Objetivo: Analisar a distribuição espacial de arboviroses na região do Cariri Cearense. Método: Tratou-se de estudo transversal entre janeiro/2019 a dezembro/2023 com dados secundários disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, de domínio público. O estudo atendeu ao disposto na Resolução do Conselho Nacional de Saúde Nº 510/2016 e dispensa necessidade de apreciação pelo Comitê de Ética, por se tratar de estudo com dados secundários e/ou sem identificação individual. Foram incluídos os casos de dengue, zika e chykungunya ocorridos na 15ª região da coordenadoria de saúde do estado do Ceará que é composta pelos seguintes municípios: Barbalha, Juazeiro do Norte, Penaforte, Mauriti, Jati, Brejo Santo, Missão Velha, Farias Brito, Jardim, Caririaçu, Assaré, Abaiara e Granjeiro. Resultados: As altas competências da atividade vetorial do Aedes unida às condições ambientais das áreas endêmicas tornam difícil o controle de arboviroses. A região do Cariri Cearense possui o maior número de casos notificados e confirmados de chikungunya, e por isso, merece atenção pela expressiva morbimortalidade. Conclusão: O conhecimento da epidemiologia espacial da região estudada, serviu para contribuir com discussões e pode ser utilizado como ferramenta para elaboração de estratégias de prevenção e controle da doença, bem como melhor distribuição dos serviços de saúde para a população.