INTRODUÇÃO: A poliomielite é uma enfermidade contagiosa causada por um vírus, com alto potencial de transmissão e consequências graves, sobretudo em crianças, podendo resultar em paralisia crônica e óbito. No cenário brasileiro, a imunização contra a poliomielite é uma pauta de extrema importância na esfera da saúde pública, manifestada por meio de campanhas em âmbito nacional, visando a eliminação da doença. Contudo, verifica-se, ao longo dos anos, um declínio alarmante nas coberturas vacinais para este mal, representando um desafio considerável no contexto da saúde pública. OBJETIVO: Analisar os desafios que vêm colaborando para a redução das taxas de vacinação contra a poliomielite no Brasil, embasado em investigações recentes. O intuito é compreender os entraves que dificultam a eficácia da imunização em massa contra essa moléstia devastadora, e apresentar sugestões para nortear políticas e estratégias de saúde pública. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Uma revisão sistemática da literatura foi realizada usando artigos científicos disponíveis em bases de dados como o Scielo, entre os últimos cinco anos. As palavras-chave relevantes, como "vacinação", "poliomielite", "cobertura vacinal" e "desafios da vacinação", foram usadas para realizar a busca. RESULTADOS: Após a análise dos estudos selecionados, foram identificados diferentes desafios que têm contribuído para a redução das taxas de vacinação contra a poliomielite no Brasil. Dentre os principais fatores, destacam-se a propagação de informações falsas e mitos sobre as vacinas, a falta de confiança nas autoridades de saúde, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde em algumas regiões do país e a desigualdade socioeconômica, que influencia diretamente na adesão às campanhas de vacinação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Frente aos desafios evidenciados, é fundamental que as autoridades de saúde adotem medidas eficazes para superar tais obstáculos e assegurar a proteção adequada da população contra a poliomielite. Nesse sentido, é crucial investir na conscientização sobre a importância da vacinação, implementar estratégias de comunicação para combater a desinformação, melhorar o acesso aos serviços de saúde, especialmente em áreas distantes, e promover a confiança da comunidade nas vacinas e nas campanhas de imunização. Somente assim será possível avançar rumo à erradicação total da poliomielite no Brasil.