Introdução: O aumento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre jovens de 15 a 19 anos, representa um desafio significativo para a saúde pública. No Brasil, tem sido observado um crescimento nos casos de sífilis nessa faixa etária, evidenciando lacunas na educação sexual e nas práticas de prevenção. Nesse contexto, o Programa Saúde na Escola surge como uma resposta integrada que visa promover a saúde e prevenir doenças, reconhecendo a escola como um espaço estratégico para essas ações. Objetivo: Relatar a experiência de uma atividade educativa na escola com os adolescentes acerca da prevenção da sífilis. Método: A atividade educativa foi realizada em maio de 2023, em uma escola pública de Ensino Médio na Zona Sul do Rio de Janeiro, em duas etapas: inicialmente, um quiz com dez perguntas foi aplicado para avaliar o conhecimento prévio dos adolescentes sobre sífilis; a segunda consistiu em uma abordagem teórico-prática acerca da temática, sanando as dúvidas dos adolescentes e demonstrando o uso correto do preservativo masculino e feminino. Resultados/Discussão: A atividade teve duração de 50 minutos e contou com a participação de 16 adolescentes, com idades entre 16 e 19 anos. Antes da atividade, apenas 75% dos participantes tinham conhecimento sobre sífilis. Após a intervenção educativa, esse número aumentou, demonstrando que 75% se sentiram mais capacitados para identificar sinais e sintomas da doença. Embora a maioria dos adolescentes afirmaram conhecer a sífilis, apenas 11,76% conheciam alguém que havia sido diagnosticado com a doença, evidenciando um conhecimento superficial sobre suas implicações reais. Durante a atividade, os adolescentes foram instruídos sobre sinais, sintomas, métodos de diagnóstico, prevenção e tratamento da sífilis. Cinco dos participantes se voluntariaram para interagir ativamente, fazendo perguntas pertinentes ao tema, o que enriqueceu o processo educativo e promoveu uma maior compreensão da importância da prevenção. Assim, atividades educativas como essa desempenham um papel fundamental na conscientização e preparação dos jovens frente às ISTs, como a sífilis. Considerações finais: O papel do enfermeiro é crucial para garantir que os adolescentes tenham acesso adequado a informações que promovam a saúde e previnam doenças. Iniciativas similares devem ser ampliadas e incentivadas para fortalecer a saúde pública e proporcionar uma juventude mais bem informada e saudável.