Introdução: A enfermagem é a ciência da saúde que visa observar o paciente como um ser complexo, além do biológico, buscando sempre mecanismos respaldados pelo conhecimento técnico-científico, para a oferta de cuidado ao cliente. Nesse contexto, a enfermagem oncológica se apresenta com foco em ofertar uma assistência personalizada para as demandas do paciente com câncer. Nesse panorama, a compreensão da genética do câncer é essencial para a promoção da assistência de qualidade ao paciente oncológico, uma vez que permite ao enfermeiro desenvolver estratégias de cuidado individualizada. Dessa maneira, o aconselhamento genético dentro da oncologia se apresenta como uma intervenção de enfermagem que visa proporcionar maior amplitude do cuidado, focando não apenas no paciente, mas também na família e coletividade. Objetivo: Descrever o papel do enfermeiro dentro do processo de aconselhamento genético de pacientes oncológicos e familiares. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde foi realizada uma busca através da Biblioteca Virtual em Saúde, com o string de busca: “(Enfermagem) AND (Aconselhamento Genético Oncológico)” OR “(Enfermagem Oncológica) AND (Aconselhamento Genético)” OR “(Enfermagem Oncológica) AND (Educação em Genética)” OR ”(Enfermagem) AND (Aconselhamento Genético) AND (Genômica)”. Após isso, aplicou-se critérios de inclusão e exclusão, seguido da extração e análise dos dados de 8 artigos incluídos na amostra. Resultados e Discussões: O enfermeiro aconselhador genético é incumbido de realizar o mapeamento amplificado de risco de predisposição ao câncer familiar, a partir da utilização de ferramentas padronizadas, como o heredograma, fornecer educação em saúde ao que tange a realização de testes genéticos, efeitos adversos do tratamento, impactos fisiológicos, interpretar os resultados dos exames genéticos realizados pelo paciente e familiares, oferecer suporte psicossocial para ambos e desenvolver pesquisas na área de aconselhamento genético em enfermagem, visando sempre a melhoria da qualidade da assistência. Conclusão: Infere-se, portanto, que é de máxima importância o domínio de conhecimento em genética e genômica por profissionais da enfermagem para que estes sejam capazes de fornecer educação continuada, tanto para os pacientes, quanto para os familiares. Destarte, o enfermeiro deve estar em constante processo de capacitação e aprendizagem, com o fito de prestar uma assistência de excelência.