Introdução: O atendimento hospitalar ao paciente pediátrico possui particularidades específicas, com cuidados multiprofissionais adaptados às necessidades desse público, que perpassam a construção de uma relação de parceria com os pais e responsáveis, a criação de um ambiente acolhedor, lúdico e empático, e uma comunicação acessível e efetiva com a criança e a família. De forma a garantir a segurança dos pacientes, as legislações vigentes incentivam a permanência de uma acompanhante em tempo integral, inclusive durante a transferências inter-hospitalares. Ademais, é dever da equipe de saúde informar e esclarecer aos responsáveis pela criança todas as informações pertinentes ao cuidado, sobretudo, quando estão no processo de transferência inter-hospitalar. Objetivo: Relatar o processo de construção de um protocolo para solicitação de autorização de transferência inter-hospitalar de pacientes pediátricos. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado em Dezembro de 2023 por enfermeiras do setor de pediatria do Hospital Universitário Ana Bezerra, no município de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, na construção de um instrumento institucional para ciência e concordância de responsáveis nas transferências inter-hospitalares de pacientes pediátricos. Resultados/discussão: O processo de construção do protocolo teve partida com a busca de documentos institucionais internos que padronizassem o processo de transferência de modo geral, o que possibilitou apropria-se do fluxo para a solicitação de transferências desse hospital. Ademais, realizou-se uma busca na literatura de documentos institucionais de outras unidades hospitalares que discorressem sobre termos de ciências de modo a embasar o desenvolvimento desse instrumento. O protocolo versa sobre as indicações de situações de transferência, obrigatoriedade do acompanhante, situações em que a transferência não deverá ser realizada por equipe interna, documentação necessária e aplicação de termo de ciência e concordância para os responsáveis após esclarecimento. Considerações finais: A construção desse protocolo possibilitou a padronização do processo de solicitação de autorização para transferência de pacientes pediátricos. Considerando que na assistência a pacientes pediátricos a ciência e autorização dos responsáveis é indispensável para garantir uma maior segurança desse público, faz-se necessário a construção de mais ferramentas que visam garantir a proteção dos direitos da criança.