Introdução: A placenta é um órgão que se desenvolve durante a gestação e desempenha diversas funções durante o desenvolvimento fetal, como oferta de nutrientes e oxigênio ao feto, remoção de resíduos e proteção a possíveis infecções ou patologias. A análise morfométrica deste órgão segue parâmetros estabelecidos pela escola norte-americana e tem grande importância no âmbito da enfermagem obstétrica e neonatal, pois avalia a presença de alterações macroscópicas que repercutem na saúde neonatal, servindo como uma ferramenta de diagnóstico precoce, rápida e de baixo custo. Objetivo: Avaliar a equivalência dos parâmetros morfométricos das placentas em diferentes regiões. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados: PubMed e MEDLINE, no período de 7 a 26 de junho de 2024. Foram utilizados os descritores em inglês com o operador booleano "AND" para refinar a pesquisa. Inicialmente, foram identificados 119 artigos nas bases de dados. Após a remoção dos duplicados, restaram 90 estudos. Em seguida, realizou-se a leitura dos títulos e resumos, aplicando-se os critérios de inclusão e exclusão. Nessa etapa, foram selecionados 15 artigos para leitura na íntegra. Após a leitura completa dos estudos, 5 artigos foram incluídos no estudo. Resultados: Dos artigos incluídos, todos mensuraram o peso médio das placentas, 2 estudos o diâmetro, a área e o perímetro dessa, e 3 a espessura e o diâmetro do cordão umbilical. Os dados coletados pertenciam a indivíduos do Irã, EUA, China, Canadá e Paquistão. O peso médio das placentas variou entre 237 e 606,14g. A espessura variou entre 1,7 e 2,15cm e o comprimento do cordão umbilical entre 23,5 e 51 cm. O diâmetro da placenta foi de 14,26 em um estudo e 16,21 no outro. Já o perímetro foi de 62,43 e 29,3. Por fim, a área da placenta foi de 278,2 e 212 cm2. Em geral, estabelece-se que placentas normais possuem peso médio de 470g, 22cm de diâmetro e o cordão de 55 a 60cm de comprimento e 2 a 2,5cm. Considerações finais: Alguns dados obtidos divergem das medidas normais preconizadas pela escola norte-americana, o que pode indicar que cada população apresenta características intrínsecas de normalidade. Isso reforça a necessidade de realização de mais estudos primários que possam auxiliar no estabelecimento de padrões morfométricos populacionais, que irão subsidiar as análises placentárias pela equipe de enfermagem.