INTRODUÇÃO: Segundo os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama (CM) é a segunda neoplasia que mais acomete as mulheres no Brasil e registra o maior número de óbitos. Embora raro, cerca de 1% dos casos acomete homens, com 207 óbitos, em 2020, conforme o Ministério da Saúde (MS). O diagnóstico impacta os aspectos físico, psíquico e social do paciente. É essencial uma abordagem holística da enfermagem para prevenir agravos e oferecer cuidados biopsicossociais à pessoa com CM. OBJETIVO: Identificar na literatura a atuação da enfermagem no cuidado ao paciente com câncer de mama, visando à prevenção de agravos e o apoio biopsicossocial. MÉTODO: Revisão da literatura realizada em junho de 2024, através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na Scientific Electronic Library Online (SciELO). Utilizaram-se os descritores: “Neoplasias mamárias”, “Cuidados em Enfermagem” e “Oncologia”, combinados com o operador booleanos “AND”. Adotou-se os critérios de inclusão: artigos completos publicados nos últimos cinco anos. Foram excluídos teses, monografias, relatos de experiências e outros tipos de câncer. RESULTADO: Foram obtidos 147 artigos, dos quais 135 foram excluídos após a leitura dos títulos e resumos. Restaram 12 artigos, que passaram por uma leitura minuciosa e critérios de elegibilidade, resultando em 5 na amostra final. Os estudos destacam a enfermagem na prevenção e promoção da saúde em pacientes com câncer de mama. A atuação dos enfermeiros inclui a detecção precoce na Atenção Primária à Saúde (APS) para agilizar o tratamento. Destaca-se o apoio biopsicossocial, com cuidados diretos e suporte emocional para pacientes e familiares, essencial para a aceitação da condição. A enfermagem colabora com outros profissionais, promovendo a reabilitação física e educando sobre autocuidado durante e após o tratamento. No entanto, foi identificada uma lacuna na implementação de condutas adequadas devido à falta de conhecimento sistematizado e sensibilização dos profissionais, ou pela ausência de apoio da gestão. Essas deficiências comprometem a qualidade do cuidado e a eficácia do tratamento, resultando em prejuízos para o paciente. CONCLUSÃO: O profissional de enfermagem desempenha um papel crucial no cuidado ao paciente com CM. No entanto, falhas na prática comprometem a eficácia do cuidado. É essencial investir em educação contínua, políticas de saúde específicas e fortalecer o apoio institucional, otimizando a qualidade e a efetividade do cuidado.