Introdução: A Sífilis Gestacional (SG) é uma doença infectocontagiosa de transmissão predominantemente sexual. No entanto, há outras formas como a via placentária, na qual ocorre a contaminação do feto. Apesar de possuir diagnóstico simples e tratamento eficaz, as taxas de incidência são elevadas, caracterizando-se como problema de saúde pública. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de sífilis gestacional no Brasil entre os anos de 2010 a 2023. Método: Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo, utilizando dados secundários obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos no estudo todos os casos de sífilis gestacional notificados no Brasil no período de 2010 a 2023, categorizados segundo faixa etária, raça/cor, região de notificação e grau de escolaridade. Resultados/discussão: Durante o período analisado foram registrados 596.930 casos de sífilis gestacional com taxa de prevalência de 20,71 casos/100 mil habitantes. A maior proporção dos casos ocorreram na região Sudeste com 46,10% o equivalente a (n=275.184). Quanto ao perfil das mulheres notificadas 50,73% (n=300.515) se autodeclararam da raça parda, 73,54% (=438.972) com idade entre 20 e 39 anos, e 23,96% (n=147.654) não possuíam ensino fundamental completo. Conclusão: Conclui-se que apesar de ações para o controle da sífilis gestacional, a doença se mantém reemergente, demonstrando a necessidade de estratégias que fortaleçam a assistência integral no pré-natal, além de reforçar o papel preventivo e orientativo do enfermeiro para a gestante e o parceiro.