Introdução: A vacinação é uma estratégia para a redução de doenças imunopreveníveis. No Brasil, apesar das vacinas serem distribuídas gratuitamente pelo SUS, observa-se uma redução na cobertura vacinal e analisa-se o impacto no ressurgimento de doenças infecciosas, o que tem se apresentado como um problema mundial e complexo, por razões como hesitação vacinal e notícias falsas sobre vacinas. Objetivo: Compreender o impacto da baixa adesão à imunização no ressurgimento de doenças. Metodologia: Revisão narrativa,realizada entre maio e junho de 2024, com base em buscas de dados eletrônicas PubMed, LILACS e Scielo, utilizando os descritores “Cobertura Vacinal”, “Ressurgimento de doenças” unidos pelo indicador booleano AND. Partiu-se da questão norteadora: Qual o impacto da baixa adesão à imunização para o ressurgimento de doenças? Os estudos utilizados para a seleção da amostra foram: artigos que abordassem a temática em questão, publicados entre 2018 e 2022. Foram selecionados 16 artigos, e após os criterios de exclusão que foram: estudos publicados em inglês, estudos que não sugerissem no resumo informações pertinentes ao foco de discussão desta revisão, restaram 9 artigos. Resultados: Através da pesquisa, foi encontrado, por exemplo, o sarampo, que em 2016 foi eliminado do Brasil por mérito da vacinação, entretanto, pela redução na cobertura vacinal voltou a circular, apenas no ano de 2019 foram 20.901 casos confirmados de sarampo. Ainda nesse contexto, desde 1994, a poliomielite foi erradicada do Brasil devido à vacinação. Contudo, nos últimos anos, 30% das crianças não foram imunizadas, reduzindo a cobertura para abaixo dos 95% necessários , tendo em vista que a única forma de prevenção da poliomielite é a vacina e que o vírus ainda circula em outros países podendo assim haver a reintrodução do vírus no Brasil, assim como ocorreu com o sarampo. Conclusão: Percebeu-se que a redução da cobertura vacinal está diretamente ligada ao reaparecimento de enfermidades erradicadas, aumento de casos dessas doenças, podendo até se tornar epidêmicas, aumento no risco de mortalidade por consequência da recusa vacinal, e além do aumento nos gastos da saúde pública. Com isso, cabe aos profissionais da saúde, juntamente dos governos assumir o papel de divulgar informações verídicas sobre o tema, como compromisso ético e profissional junto à sociedade, a fim de uma maior adesão à vacinação pela população, com a finalidade de que não haja uma regressão na saúde pública.