INTRODUÇÃO: A segurança do paciente em procedimentos cirúrgicos é uma meta internacional de Segurança do Paciente essencial para a melhoria dos cuidados de saúde. A equipe de enfermagem desempenha um papel vital na implementação de processos de qualidade que assegurem a integridade dos pacientes. A Resolução COFEN 736/24 determina a implementação do Processo de Enfermagem (PE) em ambientes de saúde como prática inerente de qualidade e segurança do paciente, mas não aponta modelos específicos para essa implementação atrelando a instrumentos de aplicação na prática de enfermagem perioperatória. OBJETIVO: Relatar a experiência da integração de Ferramentas de Qualidade e Segurança do Paciente ao Processo de Enfermagem perioperatório de um hospital de urgência. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo e abordagem qualitativa, fundamentada na metodologia de pesquisa-ação, desenvolvida ao longo de quatro etapas entre agosto e setembro de 2023, em um hospital de urgência em Bacabal-MA. Etapa 1 (etapa diagnóstica): Realizada observação participante para identificar fragilidades no processo de enfermagem perioperatório e na operacionalização do protocolo de cirurgia segura pelos profissionais de enfermagem. Etapa 2 (Formulação da Estratégia): Realizada revisão sobre os critérios estabelecidos na Avaliação Nacional de Práticas de Segurança do Paciente para estabelecer a integração destes ao PE. Duas ferramentas foram eleitas para serem integradas ao PE perioperatório: O Checklist de Segurança Cirúrgica e a Escala ELPO, sendo incorporados à etapa de avaliação do PE. Etapa 3 (implementação): Treinamento dos enfermeiros por meio de simulações realísticas para aplicação do PE integrado. Etapa 4 (avaliação): Os resultados foram medidos através de auditorias internas, comparando a adesão ao PE com o número de notificações de eventos adversos no ambiente cirúrgico. RESULTADOS: A intervenção resultou em uma significativa melhoria na adesão às práticas de qualidade e segurança do paciente no período perioperatório, evidenciada pela diminuição de eventos adversos de 15 (Se/Out/nov) para 0 (jan/fev/mar) no trimestre pós-intervenção, compatível com a adesão de 100% dos profissionais no das ferramentas integradas ao PE. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A integração das ferramentas ao PE perioperatório aumentou a segurança dos pacientes e fortaleceu o PE como uma prática de cuidado, promovendo uma abordagem sistemática e eficaz no ambiente cirúrgico.