INTRODUÇÃO: O ambiente hospitalar é um local que causa estresse e quebra de rotina, fazendo aflorar sentimentos de medo e ansiedade nos pacientes. No contexto pediátrico, isso é intensificado, fazendo-se necessário, para a manutenção do bem estar da criança, a manutenção de uma rotina aproximada à de casa, como o ato de brincar. O brincar proporciona a continuidade do desenvolvimento da criança na internação hospitalar, cria vínculos com os profissionais e alivia o medo e a ansiedade. OBJETIVO: Relatar experiência de acadêmicos de enfermagem em uma oficina de confecção de brinquedos terapêuticos. METODOLOGIA: Relato de experiência de acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN, na execução de uma oficina de confecção de brinquedos terapêuticos realizada na disciplina de Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem no Processo Saúde/Doença da Criança e do Adolescente. A atividade visou a construção de saberes e práticas de enfermagem voltadas a crianças hospitalizadas. RESULTADOS: Para execução da oficina, os discentes formaram grupos e desenvolveram brinquedos terapêuticos cujo objetivo era minimizar o estresse da hospitalização. Os brinquedos foram desenvolvidos a partir da problematização com a literatura sobre o tema e considerando seu contexto de utilização, além do público alvo, nomeadamente, a faixa etária para utilização do brinquedo. Durante a atividade foram trabalhadas estratégias de ludicidade como dobraduras, pinturas de mandalas, jogos de encaixe e quebra-cabeças. O objetivo era incentivar o raciocínio, a independência e a coordenação motora fina. Como estratégias de alívio do estresse e enfrentamento do medo da hospitalização, foram confeccionados fantoches, jogos com emojis e murais de emoções, que visavam estabelecer a comunicação com a criança a partir de uma linguagem adequada à idade para auxiliar sua compreensão acerca da patologia e do tratamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A oficina contribuiu para a construção de um aprendizado significativo, onde os discentes assumiram lugar de protagonismo na construção do conhecimento, superando os modos tradicionais de ensino. A partir da atividade, os discentes puderam desenvolver um olhar crítico e humanizado para o enfrentamento da hospitalização da criança, além de estimular a superação do modelo biomédico e medicalizante, compreendendo a importância do brincar no processo de cura e de outras abordagens no processo de trabalho da enfermagem.