Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) é o principal dispositivo para estabelecer vínculos individuais e coletivos, e desenvolver a autonomia no cuidado à saúde. Assim, políticas como a Política de Assistência Integral à Saúde da Mulher, que acompanha a saúde da mulher do pré-natal ao puerpério, são implementadas para tornar o serviço integral e atender grupos populacionais em suas especificidades; despertando a necessidade de realizar educação em saúde sobre os cuidados puerperais e aleitamento, a fim de assegurar o bem estar do binômio mãe-bebê, no qual o suporte abrangente e contínuo da enfermagem é fundamental. Objetivo: Expor a experiência das estudantes de enfermagem durante ação de saúde com grupo de gestantes e puérperas. Metodologia: Esse é um estudo descritivo qualitativo, do tipo relato de experiência, ocorrido em 16 de maio de 2024, vivenciado pelas alunas de enfermagem da Universidade Federal do Vale do São Francisco na disciplina de Saúde da Mulher, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Juazeiro-BA, com gestantes e puérperas do bairro. A ação foi desenvolvida em conjunto com a “Semana do Bebê” - estratégia de participação social e primeira infância do Selo UNICEF, com momentos de acolhimento, palestras lúdicas, distribuição de kits para gestantes cadastradas e lanche. Resultados: Houve significativo interesse no tema abordado e interação por meio de dúvidas. O uso da dinamicidade com linguagem acessível proporcionou ao público de mulheres de baixa escolaridade uma compreensão prazerosa do tema e a formação de relações com a realidade vivenciada. Ademais, notou-se diversas práticas e crenças populares, comumente encontradas na comunidade e que são passadas de uma geração a outra, revelando a maternidade como uma construção social, que impacta diretamente na carência de informações e no demérito do saber científico. Conclusão: A gestação, apesar de um processo natural, ainda é carregada de mitos, que determinam comportamentos, muitas vezes, prejudiciais ou indiferentes à promoção da saúde da mulher e do bebê. Nesse sentido, a ação realizada contribuiu positivamente no compartilhamento de conhecimentos acerca dos cuidados no pós-parto e na amamentação, desconstruindo e ressignificando algumas crenças, ao passo que fosse possível acomodar parte delas enquanto se defende práticas fundamentadas cientificamente.