Introdução: O cuidado pré-natal de alto risco desempenha um papel essencial na gestão de riscos, prevenção de doenças, promoção da saúde materna e fetal, além de contribuir significativamente para a redução da mortalidade materna e neonatal. A assistência de enfermagem na atenção básica se torna fator fundamental nesse cuidado, pois, além de realizar o manejo dos fatores de riscos realizam o monitoramento clínico do início até o final da gestação. Objetivo: Identificar os principais desafios para os enfermeiros no cuidado pré-natal de alto risco na atenção básica. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa realizada nas unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na zona urbana do município de Coroatá-Ma. Participaram da pesquisa 9 enfermeiros da atenção básica. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais guiadas por um roteiro semiestruturado e realizadas nas dependências de cada unidade. As entrevistas foram gravadas com auxílio de um smartphone. Para análise dos dados adotou-se a técnica de análise de conteúdo de Bardin. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer n°6.681.476 e CAAE 77260223.8.0000.5554. Todos os profissionais que aceitaram participar do estudo consentiram por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados/ discussão: Os desafios referidos pelos profissionais foram a falta de articulação entre a Atenção Primária à Saúde e a Atenção Especializada, bem como deficiências na contra-referência que comprometem o seguimento adequado das pacientes. Além disso, há carência de apoio dos parceiros durante as consultas, falta de capacitação adequada sobre o manejo do pré-natal de alto risco para os profissionais de saúde nos postos de saúde, absenteísmo por parte das gestantes dificuldades a adesão ao pré-natal e baixa adesão a terapia medicamentosa. Considerações finais: Os enfermeiros identificaram desafios significativos na promoção do cuidado humanizado, como a falta de comparecimento das gestantes às consultas e a necessidade de avaliação precisa dos riscos para encaminhamentos especializados. Isso destaca a importância de políticas e práticas que fortaleçam a longitudinalidade do cuidado na atenção básica, evitando a fragmentação e promovendo uma abordagem integrada e centrada na gestante.