INTRODUÇÃO: O Brasil passa por um processo de transição demográfica, caracterizado pelo envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida. Consequentemente, a população idosa representa os usuários mais frequentes de atendimentos emergenciais, exigindo dos profissionais conhecimento das especificidades dos pacientes e manejo adequado desses indivíduos em situações de trauma e emergências clínicas. OBJETIVO: Evidenciar por meio da literatura o manejo emergencial de pacientes com trauma geriátrico. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados da MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BDENF (Base de Dados em Enfermagem) via Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando como descritores: “idoso”, “administração dos cuidados ao paciente”, “lesões acidentais”, unidos a sinônimos por meio de operadores booleanos OR e AND. Foram selecionados estudos primários, publicados no período entre 2019 e 2024. A busca foi realizada em junho de 2024, englobando pesquisas que atendiam ao seguinte critério de inclusão: relação à temática disponível na íntegra nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram excluídas revisões de literatura, editoriais, teses e dissertações. Após leitura de títulos e resumos obtiveram-se 16 estudos para leitura na íntegra, em que 4 artigos foram selecionados para compor a amostra final. RESULTADOS: O presente estudo evidencia que em situações emergenciais de traumatismo geriátrico, os profissionais devem seguir os mesmos parâmetros de atendimento do adulto, porém é essencial a avaliação do quadro clínico e de possíveis alterações que podem ser induzidas pelo trauma, levando em consideração a avaliação da fragilidade do paciente idoso e de aspectos próprios da senescência que podem ser fatores predisponentes de novos ou traumas recorrentes, e que podem repercutir em condições de saúde pré-existentes. CONCLUSÃO: Diante do exposto, as evidências corroboram como resultado, a fragilidade de estratégias de avaliação e manejo da população idosa, tornando-se essencial à avaliação de cuidados geriátricos nos serviços de emergência e a capacitação de profissionais a fim de prestar cuidados holísticos. Por conseguinte, alcançando resultados positivos no desfecho, evitando ou retardando a hospitalização e dependência de cuidados.