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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
ASSISTÊNCIA HUMANIZADA NO PARTO E O ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
Nicole Cristinny do Nascimento Oliveira
Autores:
  • Taís Janiele Pontes da Silva
  • Marcos Vinicius de Araujo Cordeiro
  • Lígia Rosane Silva Feitosa
  • Débora Goldbarg
  • Debora de Almeida Aloise
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A assistência humanizada no parto é essencial para garantir uma experiência positiva e segura às parturientes. Entretanto, a persistência da violência obstétrica (VO), marcada por práticas abusivas e desrespeitosas, continua sendo uma preocupação significativa na saúde. Nesse contexto, este estudo propõe fazer um levantamento bibliográfico das boas práticas de enfermagem na assistência ao parto e no enfrentamento a VO. Objetivo: Analisar a implementação da assistência humanizada no parto pela enfermagem como estratégia de enfrentamento à VO. Metodologia: Durante o mês de junho de 2024 foi realizada uma revisão integrativa da literatura com análise de artigos científicos oriundos das bases de dados LILACS e BDENF (por meio do acesso à Biblioteca Virtual em Saúde) e também das bases SciELO e Web of Science (por meio do Periódicos Capes). Os critérios de inclusão abrangem textos completos, gratuitos, nos idiomas português, espanhol e inglês, publicados nos últimos 5 anos (2019-2024) e os critérios de exclusão foram textos que não contemplavam o objetivo e/ou se encontravam duplicados. Resultados: Após análise, 8 artigos foram selecionados para compor o estudo. Observou-se que VO é um fenômeno complexo e multifacetado, frequentemente invisível e normalizado nas práticas institucionais. Estudos destacam a importância de boas práticas de enfermagem na assistência ao parto, com uma abordagem respeitosa e centrada na mulher. Além disso, mulheres que optaram pelo parto domiciliar planejado, com enfermeiras obstétricas, relataram maior satisfação e segurança, indicando a eficácia da humanização fora dos hospitais. Destacou-se ainda que a falta de informações para as pacientes e a autonomia limitada dos enfermeiros contribuem para a VO. Ademais, estudos também exploram as desordens na prestação de cuidados obstétricos, destacando obstáculos e desafios como a normalização de práticas que não priorizam o bem-estar, a falta de formação específica contínua, resistência às mudanças, bem como a sobrecarga de trabalho e a escassez de recursos. Conclusão: A implementação de intervenções para as práticas humanizadas no parto é crucial para combater a VO e melhorar a experiência das parturientes. Isso inclui a formação contínua dos profissionais, políticas que garantam dignidade e respeito, e a criação de ambientes acolhedores. Essas medidas promovem a consciência dos direitos das mulheres, garantindo segurança, autonomia e qualidade no cuidado obstétrico.