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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE SOCIODEMOGRÁFICA DAS MORTES MATERNAS POR ABORTAMENTO EM ALAGOAS
Relatoria:
Valdinete Santos Silva De Oliveira
Autores:
  • Sandra Taveiros de Araújo
  • Janinne Santos de Melo
  • Thaís Pontes de Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
INTRODUÇÃO: O abortamento é uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil e no mundo, em especial nos países em desenvolvimento, onde se mostra com maior incidência, considerado um grave problema de saúde pública. A legislação brasileira, mesmo restritivas, não impedem a realização do aborto, no entanto levam a sua negação e receio pela busca de atendimento nos serviços de saúde dificultando a obtenção de números fidedignos sobre a etiologia do aborto. Os números de morte materna estão longe de atingir a metas de redução da mortalidade materna, preconizadas pela Organização Mundial de Saúde. OBJETIVO: O objetivo do estudo é descrever o perfil sociodemográfico de mulheres que evoluíram para morte materna em decorrência de abortamentos em Alagoas. MÉTODO: Estudo descritivo do tipo quantitativo, a partir de dados públicos obtidos no Sistema de Informação de Mortalidade/ Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Obteve-se que a maioria das mortes maternas decorrentes de abortamento, dá-se em mulheres negras (69,23%), solteiras (30,77%), de pouca escolaridade (75%) e na faixa etária de 20 a 29 anos (46,15%). Os resultado aqui apresentados corroboram com estudos nacionais que apresentam as mulheres ne cor/raça negra como de maior incidência de mortes por abortamento, também no que diz respeito a escolaridade e estado civil, já em relação à faixa etária, aqui prevaleceu as mulheres com faixa etária compreendida entre 20-29 anos, enquanto a pesquisa Nascer no Brasil 2021 apresenta a faixa etária de 10-19 anos como a de maior incidência no Brasil (DINIZ, MEDEIROS E MADEIRO, 2023). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Espera-se sensibilizar os profissionais em relação a necessidade de assistência de saúde às mulheres de acordo com o preconizado pela constituição Federal, chamar atenção dos profissionais acerca da problemática do racismo estrutural na assistência em saúde, para que assim se melhore a assistência à mulher, sem descriminalização de cor/raça, condição sócio econômica e assim diminuir os casos de morte materna decorrentes de abortamentos inseguros, com atenção especial no público apontado como mais vulnerável à sua ocorrência.