
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
SINTOMAS DA COVID LONGA ENTRE IDOSOS DE UMA REGIÃO METROPOLITANA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Relatoria:
Vanessa Ladyanne da Silva Costa
Autores:
- Maurício das Neves Pereira
- Amanda Loyse da Costa Miranda
- Ana Rosa Tavares da Paixão
- Glenda Roberta Oliveira Naiff Ferreira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Após a fase aguda da infecção pelo SARS-CoV-2 (COVID-19) evidenciou-se a persistência de vários sintomas sistêmicos, uma condição clínica denominada COVID longa, que pode reduzir gradativamente a capacidade funcional de idosos. Objetivo: Identificar os principais sintomas da COVID longa entre idosos de uma região Metropolitana da Amazônia brasileira. Método: estudo transversal, observacional realizado de janeiro a abril de 2024 em Belém, Pará, Brasil. Foram incluídos idosos com diagnóstico confirmado de COVID-19 e que apresentavam sintomas da COVID longa, sendo utilizado um instrumento adaptado da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a coleta de dados. O estudo foi aprovado pela Universidade Federal do Pará com número do CAAE: 74890823.4.0000.0018 e número do parecer: 6.588.934. Resultados/Discussão: Participaram do estudo 288 idosos com COVID longa. Em relação às características sociodemográficas: 69,7% (n=201) são do sexo feminino; 99,3% (n=286) residem na capital ou em área urbana; 47,5% (n=137) se autodeclaram pardos; 86,8% (n=250) recebem menos ou igual a dois salários mínimos (R$ 1.412) e a média da idade foi de 70,7 anos. Em relação aos sintomas da COVID longa: 60.76% (n=175) foram relacionados à dor (geral, muscular, articulações); 59.37% (n=171) ao sistema neurológico (falta de atenção, perda de memória-esquecimento, dor de cabeça e tontura); 55.55% (n=160) ao sistema respiratório (fadiga, dispneia, falta de ar, tosse, fibrose pulmonar e embolia pulmonar) e 54.16% (n=156) à saúde mental (indisposição, pensamentos suicidas, ansiedade, alterações no sono e humor, depressão, estresse e tentativa de suicídio). Os resultados demonstram uma diversidade e complexidade de sintomas associados a COVID longa que podem impactar diretamente na qualidade de vida dos idosos. Considerações Finais: Destarte, evidenciou-se que os sintomas persistentes para COVID longa em idosos foram relacionados à dor, ao sistema neurológico, respiratório e à saúde mental. Analisar esses sintomas é essencial, pois com o avanço da idade ocorre o declínio das reservas fisiológicas e os sintomas relacionados à COVID longa podem prolongar-se por um período de tempo maior, ocasionando efeitos deletérios e diminuindo os níveis de bem-estar e autocuidado. Dessa forma, urge a necessidade da realização de pesquisas a respeito da temática para entender os impactos dessa condição clínica na população idosa.