Introdução: A hanseníase é uma doença crônica, infecciosa e de caráter incapacitante que afeta potencialmente a vida das pessoas acometidas. Está relacionada a condições econômicas, sociais e ambientais e acarreta estigma e discriminação à população afetada, promovendo exclusão social, sofrimento psíquico e limitação do convívio social. Nesse contexto, faz-se necessário abordar a temática da hanseníase com as pessoas afetadas pela doença como estratégia de fomento ao empoderamento, eliminação do estigma e promoção do autocuidado (BRASIL, 2023). Objetivo: Relatar a experiência de execução de atividades promotoras da saúde, autoestima, empoderamento e diálogo por acadêmicos de enfermagem da Universidade de Pernambuco (UPE). Método: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, das intervenções realizadas por acadêmicos de enfermagem membros do Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Cuidado, Práticas Sociais e Direito à Saúde das Populações Vulneráveis (GRUPEV), da Universidade de Pernambuco (UPE), por membros do Movimento Social Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase) e membros da Netherlands Relief Brasil (NHR Brasil), em um Grupo de Apoio ao Autocuidado em Hanseníase (GAC), de Recife-PE, no ano de 2023. Resultados/discussão: Foram realizadas intervenções educativas, sobre: direitos e deveres da pessoa acometida e o autocuidado com mãos, pés e face. Além de espaços que reforçaram a prevenção de deformidades dos pés, exercícios de alongamento, hidratação e profilaxia para calosidades e rachaduras. Também foi articulada uma oficina sobre Cuidados com Feridas em Hanseníase, complicações, tratamento, cuidados com curativos e formas de prevenir. Ademais, a realização da oficina sobre bem-estar, sendo utilizadas técnicas de respiração, relaxamento corporal e mental. Ambas oficinas utilizaram materiais educativos confeccionados pelo grupo. Os encontros foram realizados mensalmente no auditório das Policlínicas e Centros de Referência e o número de participantes variou entre 4 e 31 pessoas por encontro, dentre eles profissionais de saúde, pessoas atingidas pela hanseníase e interessados. Considerações finais: Os encontros proporcionaram o combate ao preconceito e estigma, reduzindo incapacidades e disseminando o acesso à informação dos usuários no Sistema Único de Saúde, participando do processo de educação em saúde à populações vulneráveis.