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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE GESTANTES COM SÍFILIS NO ESTADO DO MARANHÃO, 2013 A 2023
Relatoria:
Maria Luiza Vieira Araújo
Autores:
  • Paulina Almeida Rodrigues
  • Janaina Miranda Bezerra
  • Adriana Gomes Nogueira Ferreira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A incidência crescente da sífilis gestacional tornou-se um significativo desafio de saúde pública. Investigar o perfil sociodemográfico das gestantes permite compreender suas correlações e orientar intervenções específicas visando à redução dos casos e ao aumento da adesão ao tratamento. OBJETIVO: Descrever as características sociodemográficas de gestantes com sífilis no estado do Maranhão, durante o período de 2013 a 2023. MÉTODO: Este trabalho consiste em um estudo descritivo e retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado por meio da análise de informações disponíveis no TABNET, uma ferramenta de tabulação pública desenvolvida pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A pesquisa foi conduzida no mês de junho de 2024 e abrangeu informações de casos notificados de gestantes com sífilis no estado do Maranhão, no período de 2013 a 2023. As variáveis analisadas foram escolaridade, faixa etária, raça e município de notificação. Por se tratar de dados públicos dispensa aprovação em Comitê de Ética. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Os resultados indicaram 12.564 casos confirmados de sífilis gestacional. Houve variação na frequência das notificações, com aumento de casos em 2021 em resposta à pandemia de COVID-19, com declínio em 2022 e 2023. A faixa etária predominante foi de 20 a 39 anos (71,7%), seguida por adolescentes de 15 a 19 anos (24,9%), refletindo a vulnerabilidade desse grupo em termos de conhecimento e práticas preventivas. A maioria das gestantes tinham mais de 8 anos de estudo representando 43,2% (5.431) do total, enquanto aquelas com menor que 8 anos de estudo representavam 20% (2.517). 16,4% (2061) dos registros estavam sem informações ou em branco, evidenciando falhas no preenchimento de dados. A maioria dos casos foi notificada em São Luís (3.758 - 29,9%), Imperatriz (887 - 7%) e Caxias (460 - 3,66%). Predominaram as gestantes de raça/cor parda (9.587 - 76,6%) e preta (1.361 - 10,8%). Estudos sugerem que o conhecimento sobre sífilis é inadequado para a maioria das gestantes, independentemente da escolaridade (CURBANI, 2020). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Analisar o perfil sociodemográfico das gestantes com sífilis possibilita identificar tendências e compreender os fatores de risco que possam estar associados à sífilis em gestante. Embora o nível de escolaridade das gestantes tenha melhorado ao longo do período analisado, reorganizar as estratégias de letramento em saúde são medidas importantes no controle da doença.